"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

20/10/09

Uma história do tempo do meu avô!



Comecei o dia a ouvir histórias, que os alunos da turma F trouxeram. Foi um momento fantástico, em que uns se tornaram "contadores de histórias" e outros atentos ouvintes.
A Eva, o Filipe, o Sérgio, o Mussa e a Ana encantaram os colegas, com contos tradicionais, onde se divertiram a descobrir palavras antigas: "botou", "bordão"; "naco" e muitas outras características desse tipo de texto.
Na turma E, continuámos com maravilhosas histórias, contadas com alegria e entusiasmo!
A Telma trouxe um conto em PowerPoint, a Beatriz contou uma história, que fez parte do meu mundo de criança, pois ouvi outra versão dessa história, há muitos anos atrás pela boca do meu avô! Na altura, pensava que o meu avô inventava esses contos mirabolantes, hoje "voei" até à minha infância e partilhei a versão do meu avô de "Atiro a porta mãe?"(...) A turma adorou e riu, pois a versão do meu avô era mais ousada e cómica. Queriam até que eu contasse mais...e não tenho aquela magia que ele tinha! Quem me dera que ele ainda aqui estivesse, para o levar até eles, para contar histórias...
Aqui fica a versão, que a Beatriz nos trouxe:
"Vivia um menino pobre, com sua mãe, nas últimas casas de uma aldeia.
A mãe ia trabalhar, todos os dias, deixando o menino sozinho. Antes de sair recomendava-lhe:
- Não abras a porta a ninguém, nem mostres as nossas verónicas!
O menino respondia-lhe que fosse descansada, porque ele faria conforme ela lhe estava a recomendar.
Mas, certo dia, uns homens, que pareciam boas pessoas bateram à porta e perguntaram ao rapazinho se lá em casa haveria alguma coisa bonita que ele lhes pudesse mostrar.
O menino correu a buscar as verónicas, que a mãe guardava na cómoda do quarto. Os ladrões – porque era isso que eles eram – pegando no saco, imediatamente se foram embora.
Pouco depois, chegou a mãe. O menino estava triste e confessou-lhe o que se tinha passado. A pobre mulher, vendo-se sem o seu tesouro, lançou mãos à cabeça e começou a correr estrada abaixo, pelo caminho que os ladrões tinham seguido.
Entretanto, gritava para o menino que a queria acompanhar:
Fecha a po…o…orta…!!!
Levo a porta, mãe…e…e? – respondia-lhe o menino.
Fecha a po…o…o…orta…!!!
Levo a porta, mãe…e…e?
Sem entender o que a mãe lhe gritava, cada vez mais distante dele, levantou a porta e começou a correr, com ela às costas, ao encontro da sua mãe.
Já muito longe de casa, muito cansados e sem verem o caminho, porque, entretanto, o sol já se tinha posto, mãe e filho resolveram passar a noite em cima de uma azinheira, carregando, também, a porta.
A altas horas, sentem passos… conversas… por entre as árvores do montado. E, qual não foi o seu espanto quando, precisamente debaixo da árvore em que eles estavam, se vieram sentar, discutindo, dois homens carregados de sacos e outros objectos. Eram os ladrões, que se preparavam para dividir, entre si, o que tinham roubado.
Então começaram:
Pataca a ti... pataca a mim…
Pataca a ti... pataca a mim…
A mulherzinha e o filho, em cima da árvore, nem respiravam. A criança na sua imprudência, murmurava à mãe:
Atiro a porta, mãe?
A mãe, com um gesto, tapava-lhe os lábios, gelada de medo. O menino continuava:
Atiro a porta, mãe?
E atirou!
Os ladrões, pensando que era o céu que lhes caía em cima, puseram-se em fuga e não mais voltaram.
Foi assim que mãe e filho puderam recuperar não só as suas verónicas, como também, ganhar muitas outras riquezas que os ladrões abandonaram no chão, debaixo da azinheira."

5 comentários:

Anónimo disse...

ola STORA!
ta tudo bem e a joana do 6ºD ja se recorda.
pressisava da sua ajuda!
podia-me dar um tema para area de projecto nao tanho idaias.
bjcas da janita
a turma ke nunca eskesera/eskeceremos
=P

Luz disse...

Isabel
Adorei a tua história...
Já percebi que a tua infância também teve um contador de histórias... Eu também´!
Que sorte nós tivemos, pois daí vem a nossa herança de contadores!
bjs
Luz

Mariana Emídio disse...

Parabéns, Isabel, por mais esta iniciativa bastante enriquecedora.
Eu, quando era criança, tive a sorte de ouvir a minha avó contar-me muitas histórias e contos, era assim que as denominava. Eu ficava deliciada a ouvi-la e ainda hoje me lembro de muitas delas. Deliciosas lembranças que guardo com carinho!
Um beijinho muito terno,
Mariana

Isabel Preto disse...

Olá Luz; olá Mariana:
ainda bem que vos tenho sempre por aqui! Sabe tão bem, saber que tenho amigas assim.
Beijinhos

Isabel Preto disse...

Minha querida Joana:
também tenho muitas saudades vossas! Nunca poderei esquecer a minha antiga direcção de turma!
Quanto a Área de Projecto, como é...o tema a pesquisar é completamente livre? Cada grupo faz sobre o que quer ou é individual? Normalmente é em grupo...No outro blog"friendsforever" estão lá coisas giras que fiz com o 6ºB sobre "Erros Alimentares"...Também podes pesquisar lendas e tradicões antigas...ou contos tradicionais...ou livros só de um autor...se quiseres, vem cá a casa e falamos sobre isso.
Beijos grandes.

Enviar um comentário

"Alfabeto das Coisas Boas"

"Alfabeto das Coisas Boas"


Bons Sonhos!

Bons Sonhos!

A imaginação não tem limites!

A imaginação não tem limites!

"O meu amigo, o sono"

"O meu amigo, o sono"

"Poema em P"

"Poema em P"

Criar e imaginar

Criar e imaginar

Momentos...

Momentos...

" A Menina do Mar"

" A Menina do Mar"

"A viúva e o papagaio"

"A viúva e o papagaio"

Trabalhos dos meus alunos...

Trabalhos dos meus alunos...




Pequenos/grandes artistas

Pequenos/grandes artistas