"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

24/11/25

"Calça-me um Conto"- voltaram as histórias contadas pelos alunos



 Bruno, 6.ºC

A Lenda da Serra da Estrela


    Contava a lenda que havia um rei ao qual chegou a notícia de que todas as noites um pastor do alto da serra conversava com uma estrela.

    O rei mandou logo chamar o pastor e ordenou-lhe que lhe desse a sua estrela, prometendo em troca dar-lhe muitas riquezas e muitos dos seus bens.

    O pastor não aceitou, pois preferia ser pobre do que perder a sua estrela.

    Ao voltar à sua pobre cabana no alto da serra, o pastor ouviu uma doce melodia que era a sua estrela a cantar.

    Ela estava com receio de que o pastor se deixasse levar pela ambição da riqueza.

    O pastor ficou todo contente e a estrela prometeu que sempre seria sua amiga.
    Então o velho pastor exclamou:
    – De hoje em diante, esta serra há-de chamar-se Serra da Estrela.

    Conta a lenda que no alto da serra ainda hoje se vê uma estrela que brilha de maneira diferente das outras estrelas, como que à procura do bom e velho pastor amigo.


Outra Versão


"Era uma vez um jovem pastor que vivia numa longínqua aldeia. Por único amigo tinha um cachorrinho, que nas longas noites de solidão se deitava a seus pés sem esperar nenhum gesto, nenhuma palavra. Sofria este pastor de uma estranha inquietação: cismava alcançar uma Serra enorme que via muito ao longe, as terras que existiam para lá da muralha rochosa que constituía o seu horizonte desde que nascera. E muitas noites passava em claro, meditando nesse seu desejo infindável.

Certa noite em que se julgava acordado, sonhou que uma estrela descia até a si e lhe segredava que o guiaria até ao objecto dos seus desejos.

Acordou o pastor mais inquieto e angustiado que nunca, e procurou no céu a verdade do que sonhara. Lá estavam todas as estrelas iguais a si mesmas, imutáveis e eternas aparentemente. Mas estava também uma que lhe pareceu diferente, a mais sua. Passavam-se os dias e o desejo do pastor aumentava, fazia doer-lhe o corpo, ardia-lhe febril na cabeça. De noite, todas as noites, procurava no céu a sua estrela diferente. E em sonhos ela aparecia-lhe muitas vezes desafiando-o, desafiando-lhe sempre a vontade. Mas a vontade por vezes é tão difícil!!

Uma noite, num ímpeto, decidiu-se. Arrumou tudo o que tinha e era nada, chamou o cão e partiu. Ao passar pela aldeia o cão ladrou e os velhos souberam que ele ia partir. Abanaram a cabeça ante a loucura do que assim partia à procura da fome, do frio, da morte. Mas o pastor levava consigo toda a riqueza que tinha: a fé, a vida e uma estrela.

E o pastor caminhou tantos anos que o cão envelheceu e não aguentou a caminhada. Morreu uma noite, nos caminhos, e foi enterrado à beira da estrada que fora de ambos. Só com a sua estrela, agora, o pastor continuou a caminhar, sempre com a serra adiante, e à medida que caminhava a serra ia sempre ali, no mesmo sítio e à mesma distância. Passou todas as fomes e frios que os velhos lhe tinham vaticinado.

Atravessou rios, galgou campos verdes e campos ressequidos, caminhou sobre rochedos escarpados, passou dentro de cidades cheias de muros e gente, mas a montanha dos seus desejos nunca a baniu do coração. Por fim, já velho alcançou a muralha escarpada que desde a infância o chamava. Subiu até ao mais alto da serra e ali pôde então largar o desejo do seu coração, agora em paz e sem desejo.

O horizonte era vasto, tão vasto e maravilhoso, a impressão de liberdade tão avassaladora que o pastor, sem falar, gritava dentro de si um hino de louvor que mais parecia o vento uivando por entre os penhascos rochosos de silêncio.

Instalou-se o velho pastor e a sua estrela com ele, no céu.

O rei do mundo, porém, ouviu falar naquele velho pastor e na sua estrela fantástica. Mandou emissários à serra: todas as riquezas do mundo daria ao pastor em troca da sua pequena estrela.

O pastor ouviu com atenção o que lhe mandava dizer o rei. Depois, olhou em volta. Tudo eram pedras e rochedos. Uma côdea de pão negro e uma gamela de leite as suas refeições. A sua distracção a paisagem "infindamente" igual e diferente do mundo lá em cima. A sua única amiga, a estrela.

Suavemente, como quem sabe o segredo das palavras e o valor de todos os bens possíveis, virou-se para os emissários do rei do mundo e rejeitou todos os tesouros da terra, escolhendo a pequenez da sua estrela.

Passaram os anos e o velho morreu. Enterraram-no debaixo de uma fraga e nessa noite, estranhamente, a estrela brilhou com uma luz mais intensa. Os pastores da serra notaram essa diferença porque a reconheciam também entre as outras, pelo que o velho lhes contava em certas noites.

E desde então a serra passou a chamar-se, para sempre Serra da Estrela".

02/10/25

"A Roleta das Preposições"


 Jonathan, 6ºC




João, 6ºC


Ariana, 6ºB



"Cadernos Viajantes"!

 


Margarida, 6ºD



Maria Leonor, 6ºA


Jennifer, 6.ºB

Jonathan

Samara
Jonathan

Samara

Samara

"Alfabeto das Coisas Boas"

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Bons Sonhos!

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A imaginação não tem limites!

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"O meu amigo, o sono"

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"Poema em P"

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Criar e imaginar

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Momentos...

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" A Menina do Mar"

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"A viúva e o papagaio"

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Trabalhos dos meus alunos...

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Pequenos/grandes artistas

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