"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

13/12/20

Era uma vez uma rena...

 


Era uma vez uma rena
Que enjoava quando andava de trenó
Sobretudo nas curvas apertadas
E embora tomasse um comprimido
Para o enjoo
A verdade é que ficava doente
Só de pensar no voo
Então, pediu ao Pai Natal
Para a deixar ir trabalhar a pé
Até porque preferia bater à porta
A espreitar pela chaminé
Tinha alergia às fuligens
Ficava toda tisnada
E sofria de vertigens
Sentia-se apardalada
O Pai Natal mudou-lhe o serviço
Disse-lhe que não era por isso
Que a ia despedir
Enfeitou-lhe as hastes com bolas
Nas orelhas umas argolas
E ao pescoço lindo guizo
- Agora vê lá, tem juízo
Não te podes distrair
Levas aqui esta lista
De casas a visitar
Bate à porta com jeitinho
Não te enganes no presente
E limpa-me esse nariz
Quero vê-lo a brilhar
E a rena, toda feliz,
Lá foi ela trabalhar
Com o guizo a badalar
E as argolas a dançar.
Vamos lá saltar da cama
Está na hora de trabalhar!! 

Boneco de Neve

 

- Boneco de Neve, o que tens para contar?
- Tenho histórias que ouvi
E outras que eu aprendi
Sem ninguém mas desvendar…
- E qual é a mais bonita?
Conta, nós queremos saber
O que tens no coração…
- No coração tenho a verdade
Das estrelas que há no mundo
E das noites que iluminam
E das coisas que elas ensinam…
- Que te dizem essas estrelas
Lá das noites onde se aninham
Nesse azul doce e profundo?
- Que não há flores nem pessoas
Sem a força das raízes
Que as fazem florescer.
- És poeta, a vida fica mais leve
Com as coisas que tu dizes…
- Não, sou um Boneco de Neve
E só sei
Que as crianças felizes
São sempre bons aprendizes.

Uma lenda de Natal

 

Morava num casebre um certo sapateiro; era no cruzamento de dois caminhos, não longe de uma aldeia pobre e triste. Nesse tempo, as pessoas ainda usavam velas e candeeiros a petróleo para se alumiarem, e lenha para se aquecerem e cozinharem.

Apesar de pobre, o sapateiro era homem bom e amigo de auxiliar quem precisasse. Por isso gostava de ajudar os viajantes que por ali passavam quando já era escuro, deixando todas as noites, na janela da sua casita, uma vela acesa, de modo a guiá-los. E, mesmo doente e às vezes com fome, o pobre homem nunca deixou de acender a vela, ajudando assim as pessoas a não se perderem.

Até que o rei e os homens mais poderosos do país entraram em guerra com os do país vizinho. E, com isto, todos os jovens da aldeia tiveram de partir, para combater no exército do seu rei, deixando a aldeia ainda mais triste e desgraçada. 

Passaram meses, senão anos, e os habitantes do país, como acontece sempre que há guerras, viviam com privações e dificuldades cada vez maiores. Mães e pais, mulheres e noivas sofriam com a ausência dos seus filhos, maridos ou noivos. E não foram poucas as famílias que perderam os seus jovens na guerra.

Vendo a persistência do pobre sapateiro, que mesmo naqueles tempos duros e difíceis continuava a viver a sua vida com esperança e um coração bondoso, os habitantes da aldeia resolveram imitá-lo e, certa noite, precisamente na véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas janelas das suas casas, iluminando assim toda a povoação. Como que por encanto, pela meia-noite os sinos da igreja começaram a soar ininterruptamente, anunciando a boa nova: a guerra terminara e os jovens regressavam enfim a casa! 

Mulheres e homens puseram-se a gritar: “É milagre! O milagre das velas!”.

E é por isso, reza a lenda, que a partir desse dia, acender uma vela na véspera de Natal se tornou tradição em muitos povos da Terra. "

Texto inédito do escritor João Pedro Mésseder

A Galinha dos ovos de ouro...



 Guilherme, 5ºC

Desafio: seis palavras na bagagem

     Vou num cruzeiro até aos Açores e na minha mala vou levar seis palavras: Alegria, Bondade, Medo, Esperança, Amizade e Magia. Alegria, porque todos precisamos de alegria nas nossas vidas, Bondade porque precisamos de ser bons uns para os outros, Medo, porque toda a gente sente medo, Esperança, para os momentos difíceis, Amizade, porque os amigos são o nosso maior tesouro e Magia, porque dá cor aos nossos sonhos.

    Entretanto, já em viagem, passeando pelo convés, vi um amigo que estava muito triste. Quando lhe perguntei o motivo de tanta tristeza, disse que perdera o seu cão, então, dei-lhe a palavra Alegria, para o fazer feliz e animar. Em troca, deu-me a palavra Obrigado, para agradecer.

    De repente, houve um ataque pirata e fui obrigado a entregar-lhes uma palavra. Dei-lhes a palavra Bondade, para serem bons.

    Após o ataque pirata, deu-se uma enorme tempestade e eu perdi a palavra Medo, para ter coragem de enfrentar a tempestade.

    Fiz uma jangada e para aliviar o peso, larguei a palavra esperança para o mar ter esperança nos humanos, para que estes deixem de o poluir.

    Nos Açores, diverti-me a valer, mas passado um tempo, comecei a sentir saudades de casa. Avistei um barco e acendi uma fogueira com a palavra Amizade e fui salvo pelo comandante.

    Cheguei a casa muito feliz e partilhei a palavra Magia com a família, pois junto deles, há sempre Magia e sonho.


Daniel, 5ºB

Desafio: Seis palavras na bagagem...

     Fui de viagem num cruzeiro e levei seis palavras na bagagem: Aventura, porque não sabemos o que vai acontecer na viagem; Amizade, porque todos precisamos de amigos; Coragem, porque perante as dificuldades temos de ter coragem; Solidariedade, porque as pessoas têm de se ajudar nos momentos difíceis; Lanterna porque a posso usar em caso de S.O.S; Felicidade, porque todos queremos ser felizes. 

    Durante a viagem conheci um passageiro chamado Tomás e apercebi-me que ele levava consigo uma palavra que eu gostaria de ter comigo: "Mistério". Decidi propor-lhe uma troca de palavras e ele aceitou. Em troca da palavra "Mistério", ofereci-lhe a palavra "Aventura". Escolhi ficar com essa palavra, porque se relaciona com viagens e nos desperta curiosidades...

    Algum tempo depois, o navio foi abordado por piratas pilhadores de palavras! Uma vez que cada tripulante tinha de ficar sem uma das suas palavras, optei por ficar sem a palavra "Mistério", porque quando comparada com as palavras restantes, tem menos significado para mim.

    De seguida, uma enorme tempestade afundou o navio. Nesse momento, perdi a palavra "Coragem", porque fiquei muito assustada.

    Todos sobrevivemos ao naufrágio e construímos  jangadas para conseguir chegar a terra firme. Para a jangada não afundar, deitei ao mar a palavra "Solidariedade", porque as pessoas têm de se ajudar nos momentos difíceis.

    Conseguimos chegar a uma ilha deserta e avistámos ao longe um barco. Que fazer? Uma fogueira? Decidi usar a palavra "Lanterna", para que nos vissem e pudessem salvar.

    O barco conseguiu trazer-nos a casa, mas o comandante exigiu pela viagem o pagamento de uma palavra. Das duas palavras que me restavam, libertei-me da palavra "Amizade", porque, apesar de todos precisarmos de amigos, a felicidade encontra-se junto dos que mais gostamos: a família.


Beatriz Gonçalves, 5ºB

 

Escrita a partir de palavras-chave: Narrativa em verso

Há muito tempo uma princesa prisioneira

Ficou triste sem a sua frigideira!

O rei com muita dor

Anuncia prémio para o salvador...

 

Três jovens a tentar

Mas a sorte caiu ao mar!

Primeiro jovem na floresta

Mas não tinha o mapa na testa!

 

Segundo jovem transtornado

O que ele não pensava

ficar transformado em rato

Para sempre amaldiçoado!

 

Terceiro jovem era mais esperto

Com uma escada entrou pela janela

Foi o que chegou mais perto

A recompensa tomou como certa!

 

Com um gigante adormecido

Esse mesmo foi esquecido

A princesa e o jovem fugiram

E o tesouro abriram.

 

O rei cheio de alegria

O casamento anuncia...

As festas começaram

Tudo ganhou magia!

 

 Rafael, 5ºE 

 

Era uma vez uma linda princesa...

Com o sonho de reinar

Mas tal não vai acontecer

Pois um gigante teve a ideia de a aprisionar!

 

Presa num castelo

Dava-lhe jeito um martelo!

O Gigante não a ia soltar

Por isso, tinha de aguentar!

 

Rei anuncia prémio ao salvador

Quem lhe trouxesse a filha

Ganharia o AMOR!  

 

Três jovens tentaram

A princesa queriam salvar

É possível acreditar?

 

O primeiro jovem tentou,

Mas a sua sorte escapou!

Em vez de ir parar ao castelo

Perdeu o norte e  falhou.

 

O segundo jovem mais sortudo

Ao castelo conseguiu chegar

Mas o Gigante traiçoeiro

Em rato o foi transformar! 

 

À terceira foi de vez,

Um jovem ao castelo chegou...

A princesa conseguiu salvar

E o rei afortunado adorou!

 

O Gigante adormecera,

Logo se arrependera...

Pois a princesa escapou 

E o jovem arrasou!

 

E fez-se o sucedimento

Do grande casamento,

Terminando tudo a preceito

Como manda a tradição!

 

Gonçalo Martins, 5ºE

 

 

08/12/20

As Mendigas de Alvalade Medieval

    Foi-nos pedido um texto em que descrevêssemos algo que nos provocasse medo.

    Na terra natal da minha mãe, uma pequena vila alentejana, Alvalade, realizam anualmente uma feira medieval. Na feira existem figurantes trajados e caracterizados à época medieval.

    Desde há vários anos que existem duas raparigas que se caracterizam de mendigas: roupas rasgadas, muito sujas, cabelos despenteados, descalças, desdentadas e com muitas feridas pelo corpo.

    Quando era mais pequeno tinha imenso medo de as ver, escondia-me e chorava. A minha mãe tentava explicar-me que era falso, que o aspeto real delas não era assim, mas eu não entendia e tinha medo.

    Só deixei de ter medo das duas mendigas, quando uma vez as vi no café de manhã, antes da hora da feira, em que estavam sem caracterização. A minha mãe falou com elas por causa do meu medo e elas explicaram que faziam as feridas com gelatina e tinta vermelha.

    Quando as voltei a ver na feira caracterizadas, deixaram-me tocar nas feridas e ver mais de perto e, assim, deixei de ter medo do aspeto delas.

 


 


Guilherme, 5ºC

05/12/20

ILHA DESERTA DE PALAVRAS

 

Imagina que és passageiro de um cruzeiro. Contigo, na bagagem, levas apenas 6 palavras importantes para ti... Durante a “viagem” irás passar por várias etapas e, através da escrita, refletir sobre elas e outras que encontra pelo caminho...

 


 

1. Início da viagem - escrever sobre a razão de escolha das 6 palavras; o que cada uma tem de especial; qual a sua utilidade na viagem, como e se se articulam;

2.Contacto entre passageiros – conhecem outro passageiro e apercebem-se que ele leva consigo uma palavra que gostam muito e que queriam ter convosco. Que palavra seria essa? Por que palavra vossa a trocariam? Porquê? Qual a relação desta nova palavra com as remanescentes?

3. Ataque pirata – o navio é abordado por piratas pilhadores de palavras. Cada tripulante tem que entregar uma das suas palavras aos piratas. Que palavra entregarás? Porquê?

4. Tempestade – de seguida, uma enorme tempestade afunda o navio. Cada tripulante perde uma palavra. Qual? Porquê?

5. Jangada – todos sobrevivem e fazem jangadas para conseguir chegar a terra firme. Para a jangada não afundar têm de deitar ao mar mais uma palavra. Qual? Porquê?

6. Ilha deserta – chegados à ilha deserta, avistam ao longe um barco. Necessitam fazer uma fogueira para serem avistados. Terão de utilizar uma palavra como lenha. Qual será? Porquê?

7. O regresso – o barco consegue trazer-vos de volta a casa mas o comandante exige pela viagem o pagamento de uma palavra. Das duas palavras que sobram, de qual palavra o viajante se liberta? Porquê? Por outro lado, com que palavra fica para regressar a casa e partilhar com quem mais gosta? Porquê?

8. (facultativo) Depois de feita a reflexão, pode-se sintetizar as palavras e o seu significado criando um poema.

Ideia de David Cortegaça

"Alfabeto das Coisas Boas"

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Bons Sonhos!

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A imaginação não tem limites!

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"O meu amigo, o sono"

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"Poema em P"

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Criar e imaginar

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Momentos...

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" A Menina do Mar"

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"A viúva e o papagaio"

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Trabalhos dos meus alunos...

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Pequenos/grandes artistas

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