Nas águas azuis do oceano,

Cada coisa é algo diferente.

As suas ondas soam como pianos!

Duas conchas e uma enguia fazem uma cara de gente!

Ao som das ondas dançam as flores marinhas,

Com elas o peixe abana as suas espinhas!

Já o polvo preguiçoso fica a descansar…

Mas, coitado do caranguejo, está à procura do jantar!

O cavalo-marinho fica nas algas a aproveitar o sossego,

Mas chega o peixe e grita!

Pois sempre que fecha os olhos…

Pensa que está cego.

O oceano cheio de animais…

Cada qual é como é,

As ondas debaixo de água estão em espirais…

E ainda não se descobriu tudo…

                                                                                                         Miriam, 5ºE

Atreve-te!

Uma baleia especial

Desafio os meus alunos e todos os leitores do blogue a continuarem/melhorarem/alterarem esta história feita a várias mãos 

Uma Baleia Especial

Desde que o mundo era mundo, e ninguém o sabia, vivia uma baleia invulgar, a baleia sem dentes, no Oceano Atlântico, mais concretamente no Arquipélago dos Açores.

O Oceano outrora azul, de águas claras e límpidas, começava a preocupar a nossa baleia peculiar, pois há muito tempo que observava o comportamento dos humanos e era notável a sua falta de consciência para com o Planeta Terra. Estariam esquecidos de que a Terra era “a sua casa” e deviam cuidar dela?

A nossa baleia sem dentes era muito inteligente, quase uma baleia filosófica que se questionava sobre todas as coisas que a rodeavam, e fazia-se munir de uma curiosidade e imaginação invulgares. Chamava-se Dori.

Dori, ao nadar nas águas poluídas, encontrou um salmão-dente-de-sabre, talvez o único exemplar que ainda sobrevivia nos oceanos..

- O que estás aqui a fazer? – perguntou a baleia.

- A minha colónia foi atacada por caçadores e a única maneira foi fugir – exclamou tristemente Didas, como era conhecido o salmão-dente-de-sabre. - Tu, que me pareces amigável, por favor ajuda-me a voltar para as águas doces, pois é só lá que tenho o alimento adequado.

A Baleia Tatuada

Era uma vez…

Uma baleia tatuada,

No lado direito

E esquerdo da cara!

No lado esquerdo,

Tinha um caranguejo.

Ela fez essa tatuagem,

Para lhe enviar um beijo.

E mais abaixo,

Tinha um cavalo-marinho,

Era um amigo especial.

Que nada levava a mal.

No meio da cara,

Um pouco mais acima,

Tinha tatuada…

A sua melhor amiga.

E no lado direito,

Tinha um peixe.

Que era o seu ídolo...

E, ainda, uma mais abaixo,

Que é uma flor,

Que, para ela, simboliza

Muito, mas, muito AMOR.

                                                                   Rodrigo, 5ºC

                                                      O Monstrinho do Mar

ERa uma vez um monstrinho

 que vivia no mar.

era talentoso quando estava a nadar.

sempre com os amigos peixe , lula, caranguejo e cavalo marinho...

 a brincar.

era um monstrinho que gostava de abraçar.

um dia ele foi para o baile para dançar.

então ele viveu feliz para sempre

 a dormir e a ressonar.

João, 5ºE

Inspiração do texto (Imagem de Sofia Elain)

Olhares/interpretações

 Comunicar/interpretar através do desenho...

Sofia, a minha princesa

Fundo do mar

---

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.




Sophia de Mello Breyner Andresen | "Poesia", 1944