"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

18/03/14

Carta do principezinho para a sua rosa...

Planeta Terra, 1946 


Querida Flor:
Desculpa ter partido de repente e não ter dito mais nada. Confesso que fiquei muito aborrecido por sentir que me mentiste, não gosto nada de mentiras! Desde que parti com a minha melancolia, tenho viajado de asteróide em asteróide, com o objetivo de fazer amigos. 
Tenho conhecido muitos humanos, mas alguns são “loucos”, muito estranhos na maneira como vivem e encaram a vida. Mas hoje conheci alguém que me fez compreender o verdadeiro significado da vida, a minha amiga Raposa. Ela explicou-me o que é “ficar preso” a alguma coisa, ou seja, criar laços de afeto e contou-me um segredo: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos”.
 Foi neste momento que percebi que tu és única e especial para mim. Chorei de saudade e arrependi-me de ter fugido de ti. Cativaste-me e eu não entendi. Também percebi que a tua vaidade era uma forma de quereres estar bem contigo própria, para poderes estar bem com os outros, comigo. Sabes? Naquela altura eu não sabia amar, não era capaz de entender a linguagem do coração e de perceber os segredos da alma. Hoje eu sei que tu perfumavas os meus dias, eras luz, ternura mágica que me embalava por dentro. Percebi que a beleza também tem espinhos, nada é perfeito e que não devemos avaliar ninguém pelas suas palavras, mas pelos seus atos. O essencial não se vê, sente-se no coração.
 Foi preciso a distância para perceber como é importante este sentimento que nos une, apesar das diferenças que nos caracterizam.
Hoje sofro por não estares aqui comigo, por não poder cuidar de ti… rego-te com as minhas lágrimas de saudade e envolvo-te carinhosamente na redoma do meu amor. Vejo-te no horizonte e envio-te em pensamento beijos de borboletas. Já as viste? Já as sentiste? Voaste nas suas cores? Pensa em mim, minha Flor, eu sou como o voo que te contempla e acarinha. 
Poderia arrepender-me de ter partido assim tão bruscamente de ti, mas sei que era necessária esta distância para eu crescer interiormente e compreender este segredo que morava em mim e eu não sabia. 
Não vejo a hora de te ver outra vez e contar-te todas as aventuras que vivi nas minhas viagens por este universo.
 Beijos do teu Principezinho que te adora!


Retirado de:http://clubedoscriativos.blogspot.pt/2008/12/carta-do-principezinho-para-sua-rosa.html 

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