"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"
28/03/19
21/03/19
Uma Jovem Lutadora
Catarina é
uma jovem lutadora... Vamos conhecer um pouco da sua história. É atriz, tem
cabelos ruivos e cacheados, compridos, cobrindo uma cicatriz que dói mais na
alma que no corpo. Os seus lindos olhos azuis, da cor do céu, não brilham, pois
escondem muita dor.
Desde cedo,
Catarina conheceu o significado das palavras dor, violência, desrespeito,
vergonha... A sua mãe, sempre com lágrimas nos olhos, de rosto fechado, nunca
conheceu a alegria de ser esposa, mãe, mulher… e até esqueceu o sentido da
palavra vida! Ambas sofreram de violência doméstica, subjugadas pela dor de
terem de sobreviver debaixo de gritos, escândalos, violência física e
psicológica! O pai de Catarina era alcoólico e muito violento... Um dia,
queimou a própria filha com um cigarro no rosto, quando tentava proteger a mãe
de um violento soco... Foi a gota de água! Catarina decidiu lutar e fugir
daquela prisão, daquela vida... Pediu ajuda a uma professora, que depressa a
salvou, a ela e à sua mãe, que ganhou coragem, a coragem de denunciar a sua
triste condição, quase de escrava nas mãos do marido.
Catarina é
agora uma jovem atriz, linda, apesar de sofrida... Parte daquilo que ganha é
entregue a instituições que ajudam as vítimas de violência doméstica. Por
vezes, veste-se de preto, em homenagem às mulheres que sofrem de violência, tal
como ela havia sofrido...
Tornou-se
atriz, pois representar foi algo que a vida lhe ensinou, algo a que a vida a
obrigou... Sempre teve de representar vários papéis... Só assim conseguiu
crescer.
É uma mulher
especial, perspicaz, muito inteligente, e com um coração gigante... Luta por
todas as vítimas, salva-as, tal como ela outrora foi salva por uma professora
inesquecível.
Admiro-a. Com
ela aprendi que enquanto não houver a coragem de denunciar, haverá sempre
guerra, sempre dor... Mas, tal como Catarina, continuo a acreditar nos seres
humanos... Um dia... um dia viveremos todos em paz.
Ana Cristina, 5ºC
Porquê?
Porquê tanto preconceito
Se somos todos iguais?
Não na cor, nem na nacionalidade…
Tudo isso é indiferente,
Pois somos todos simples mortais!
Porquê esta diferença,
Se só muda o exterior?
Quem sente racismo
No fundo...é inferior!
Porquê tanta implicância?
Porquê as diferenças destacar?
Todos temos é de Amar
E juntos...com o Racismo acabar!
Miriam Faustino, 5ºE