"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

17/03/13

A manta das histórias...

A pequena aldeia onde Babba Zarrah vivia ficava situada nas montanhas cobertas de neve. Babba Zarrah tinha uma manta das histórias, na qual as crianças adoravam sentar-se a ouvi-la.
 Certo dia, enquanto contava uma história, a velhinha reparou que o sapato de Nicolai tinha um buraco. Depois de as crianças terem ido embora, Babba Zarrah decidiu tricotar-lhe umas meias bem quentinhas. Mas, como tinha caído imensa neve naquele Inverno, ninguém aparecera na aldeia a entregar lã. Como poderia ela tricotar meias sem lã? — Todas as perguntas têm uma resposta — disse a bondosa senhora. — Só tenho de a encontrar. Deitou chá doce num copo, porque esta bebida ajudava-a a pensar. Bastaram-lhe três golinhos para saber o que havia de fazer. — Vou desfiar um pouco da manta das histórias e usar a lã para tricotar as meias de Nicolai! — exclamou. 
 Quando a noite ia alta e já todos dormiam, Babba Zarrah percorreu os caminhos de neve e deixou as meias à porta do menino. Pouco tempo depois, o carteiro encontrou um cachecol enrolado no seu saco, mesmo antes de começar a distribuição do correio. — Sabem quem o fez? — perguntou a todos que encontrou. Mas ninguém sabia. O professor ficou admirado ao ver um par de luvas quentes em cima da pilha de troncos que ia colocar no fogão da escola. Quanto à Sra. Ivanov, afastou os corvos da corda de secar a roupa com o avental que descobriu junto à bomba da água. E não tardou muito até que a dona da mercearia usasse um xaile novo em vez do velho que tinha, já comido pelas traças. 
 As crianças tinham de sentar-se cada vez mais juntinhas, sempre que vinham ouvir uma história. 
 Cada dia que passava, os aldeões ficavam mais curiosos. A bebé Olga recebeu um misterioso e fofinho cobertor, enquanto o talhante exibia um moderno gorro de malha a cobrir a careca brilhante. E as crianças apertavam-se cada vez mais na, agora, pequena manta das histórias. Quando o gato do alfaiate apareceu, ronronante e importante, dentro de uma confortável capinha de lã, deixou de haver manta. 
 Os aldeões pediram ao presidente da junta para os ajudar a resolver o mistério. — Vocês sabem o que a Babba Zarrah diz sempre — respondeu ele. — Todas as perguntas têm uma resposta. Quando as crianças viram as meias, o cachecol, as luvas, o avental, o xaile, o gorro, a manta da bebé, e a capinha do gato, exclamaram em uníssono: — Parece a velha manta das histórias da Babba Zarrah! — Mas ela já não a tem! — disse Nicolai. — Ora aí está! A Babba Zarrah usou a manta para fazer tudo isto! É a nossa vez de lhe fazermos uma surpresa. 
 Então, enquanto Babba Zarrah dormia, alguns novelos de lã, proveniente dos cobertores de cada casa, foram deixados na soleira da sua porta. 
 A velhinha ficou admirada quando abriu a porta na manhã seguinte. Nunca tinha visto tanta lã, e tão colorida. Em cima do montinho, havia um letreiro que dizia: Para a sua nova manta Quando as crianças regressaram a casa de Babba Zarrah para ouvir uma história, sentaram-se numa manta nova e colorida, e ouviram um conto sobre uma aldeia onde todos partilhavam o que tinham.
 Enquanto se despedia das crianças, Babba Zarrah reparou num buraco na camisola de Alexandra. Queria tricotar-lhe uma surpresa, mas ainda havia neve nas colinas e a aldeia não tinha lã. A velhinha sabia que todas as perguntas têm uma resposta. Então, olhou para a sua nova manta das histórias e sorriu. 

 Ferida Wolff; Harriet May Savitz The Story Blanket Atlanta, Peachtree Publishers, 2008 (Tradução e adaptação)

14/03/13

O 4ºano foi à Escola Sede...


Recebi uma turma de 4ºano, que veio conhecer a futura escola. A princípio, pareciam "perdidos"  e assustados, mas adoraram as surpresas: o professor Rui estava no átrio com uma turma de 5ºano, que os recebeu com música. Ao som das flautas, ao sabor das melodias, fez-se magia.
Continuámos a "viagem", até à sala de Educação Musical...onde Charlie Chaplin os esperava! Já não queriam sair dali e riam com vontade. Que bom, ver aqueles sorrisos! Que dom tem este professor Rui!
Fomos ao CRE, onde ainda se encontra a Exposição sobre o Património oral. Ficaram por ali, olhando radiantes para tudo.
Na Direção, tiveram o privilégio de ouvir a nossa querida Diretora, passaram por muitos serviços que a escola oferece, pelo Pavilhão Desportivo e, pouco antes de irem almoçar no refeitório, puderam interagir com uns meninos ainda mais especiais, na Unidade de Ensino Estruturado, sem esquecer o CRTIC e a sala de apoio da Educação Especial. Foi um momento que jamais esquecerei...E já agora deixo a sugestão: "Charlie Chaplin e os tempos modernos"...fabuloso!

13/03/13

Sandra Carvalho


"Grande fluência narrativa, à-vontade estilístico, verosimilhança nos diálogos e notável capacidade efabulatória, eis os predicados de mais um nome a acompanhar nas letras portuguesas."
                                                                         Magazine Artes, junho de 2005

A nossa escola teve o privilégio de receber a escritora Sandra Carvalho, autora da Saga das Pedras Mágicas.
Com um sorriso sincero, respondeu às questões colocadas pelos nossos alunos e falou dos seus livros com uma paixão que só aqueles que adoram escrever, podem sentir.
Esta escritora tem feito as delícias de muitos leitores, despertando o gosto pela leitura de muitos adolescentes,mesmo daqueles que só a custo descobrem o prazer de ler, tal como um dos nossos alunos afirmou: "Nunca gostei muito de ler, mas já li os livros todos da Saga!"
Sandra transmitiu a ideia de que os sonhos podem tornar-se realidade, por mais difíceis que nos pareçam, incentivando os nossos jovens a nunca desistir dos seus projetos.
Um agradecimento muito especial, a uma escritora que encanta com o seu discurso verdadeiro e genuíno, capaz de mostrar que a imaginação não tem limites e que a escrita...as histórias, a fascinam.

10/03/13

"Escrita a Meias"

Em tempos descobri no blog "Tempo de Teia" um projeto muito interessante de escrita.
Resolvi experimentar e correu muito bem.
Inicia-se a escrita numa turma e outra turma dá-lhe continuidade.

"Era uma vez um sonho infeliz, porque nunca tinha sido sonhado por ninguém! Sonho para ser feliz precisa pelo menos de um sonhador."
A maioria das crianças sonhava com bonecos e heróis, mas aquele era um sonho diferente!  As crianças tinham medo de o sonhar, com receio que se transformasse num monstro do armário ou num pesadelo ainda pior!
Contudo, o sonho não era nada assim...antes, pelo contrário, era um sonho especial! Tal como um portal mágico, conduzia a um mundo de fantasia. Só precisava de uma criança que se atrevesse a sonhá-lo. 
Todas as noites, o nosso sonho se apresentava no quartel dos Sonhos, mas era sempre dispensado! Que tristeza! Mas uma noite, inesperadamente, uma criança sonhou com esse mundo de fantasia!
Aí tudo era diferente: as casas eram feitas de doces, em forma de bolo; havia trampolins de gelatina; as árvores pareciam chupa-chupas, com frutos de gomas e os habitantes eram brinquedos! 
Nesse mundo havia também um palácio todo feito de açúcar, com um ar encantador!
Joana estava maravilhada com tudo o que via! o mais extraordinário foi ser confundida com uma barbie muito perfeitinha!
Joana sentia-se tão feliz, tão feliz que não tinha vontade de acordar e o sonho que nunca tinha sido donhado, sentia-se finalmente realizado!
Foi então que o sonho passou a ser a vida dela e transformou-se no príncipe daquele lindo palácio de açúcar e Joana passou a ser a sua princesa: uma barbie de verdade, que ficou a viver nesse mundo encantado!
                                                                                        Texto coletivo (5ºD e 5ºE)

07/03/13

"As nossas Histórias"

A história de um povo é feita de memórias, que muitas vezes se perdem com o passar dos anos. Para reavivar a herança cultural que vai passando de geração em geração, os alunos recolheram textos do Património Oral, expostos à comunidade educativa na BE/CRE da Escola sede, na última semana de aulas deste período. Foi uma agradável surpresa para os docentes, comprovando-se a originalidade, criatividade e empenho dos alunos na apresentação dos trabalhos, imortalizando esses saberes que marcam a identidade cultural de um povo e o encontro com as suas raízes.
Na próxima semana, não percas esta oportunidade de descobrir o nosso povo e as suas tradições.

"Festa da Leitura"

Março é, por excelência, nas escolas, o mês dos livros e dos autores. A tradicional Semana da Leitura, desafio do Plano Nacional de Leitura, ganhou novos espaços e iniciativas.
Na nossa Escola também se respira e sente o prazer de ler. Hoje muitos dos nossos alunos estiveram no CRE a ler textos da sua autoria ou escolhidos pelos alunos.
Nas portas das salas de aula, somos convidados a ler...em todas as portas se encontra um texto!
A escritora Sandra Carvalho irá estar na nossa Escola...Os alunos são convidados a participar na escrita de um texto Quem me dera ser Onda, em jeito de Concurso Literário...E tudo porque ler é uma porta mágica que nos leva a um mundo fabuloso, onde tudo é permitido!

Alice Vieira inspira o 5ºE

-Ó João,
Queres jogar o jogo do passo?
-Não senhor
Tenho que ir à Quinta do Paço!       (Mauro)

-Ó Nuno,
Queres ver o mundo?
-Não senhor
Posso cair num buraco fundo!       (Nuno)

-Ó Estéfano,
Queres ir a um bar?
-Não senhor
Prefiro ver as estrelas a brilhar!        (Luís) 

-Ó Geraldo,
Queres um pato?
-Não senhor
Assim eu salto!                   (Inês M.)


-Ó Geraldo,
Queres ir a Espanha?
-Não senhor
Que estou em campanha!      (André)

-Ó Geraldo,
Queres passear o cão?
-Não senhor
Que me dói a mão!         (Eliana)

-Ó Geraldo,
Queres cultivar?
- Não senhor,
Assim vou cavar!            (Rodrigo)

-Ó Geraldo,
Tens paciência?
-Não senhor
Porque me roubas a consciência!     (Bruna)

-Ó Geraldo,
Queres uma camisa?
-Não senhor
Vou comprar uma pizza!                    (Marlon)

-Ó Geraldo,
Queres comer?
-Não senhor
Tenho que ler!        (Diogo)

-Ó Guiomar,
Queres ver o mar?
-Não senhor
Vou ver o luar!          (Susana)

-Ó Geraldo,
Queres sumo?
-Não senhor
Que tem fumo!     (Gabriel)

-Ó Geraldo,
Queres pão?
-Não senhor
Prefiro macarrão!       (Daniela)

-Ó Geraldo 
Queres frango?
-Não senhor
Se não tenho que dançar o tango!    (Mauro)

-Ó Geraldo
Queres comer?
-Não senhor
Quero roer!                (Estéfano)

- Ó Geraldo,
Queres uma régua?
-Não senhor
Já tenho uma égua!       (Rafael)

-Ó Geraldo,
Queres nadar?
-Não senhor,
Que me vou cansar!     (Hugo A.)

- Ó Geraldo,
Queres pão?
-Não senhor,
Quero um cão!     (Daniel)

-Ó Professora,
É para copiar?
-Não senhor,
É para enfeitar!       (Érica)

- Ó Geraldo,
Queres ir à biblioteca?
- Não senhor,
Vou à discoteca!               (Hugo B.)

-Ó Geraldo,
Queres o sapato?
- Não senhor,
Que é muito alto!       (Jéssica)

-Ó Beatriz,
Queres ir a Paris?
-Não senhor,
Quero ser atriz!           (João)

- Ó Leonor,
Queres um amor?
-Não senhor,
Que me dá calor!      (Inês S.)

-Ó Geraldo,
Queres um gelado?
-Não senhor,
Que fico congelado!       (Vera)

- Ó Geraldo,
Queres um rato?
- Não senhor,
Prefiro um gato!          (Diana)
                                                                                                   5ºE

Autobiografias...


Os alunos do 5ºD “viajaram até às suas raízes” e redigiram autobiografias. Foi um trabalho de pesquisa muito interessante, que envolveu a família e motivou os alunos para a escrita, proporcionando momentos agradáveis de leitura, em que os alunos se deram a conhecer um pouco mais.

 “...Um dia a minha mãe levou-me a casa de uma senhora, mas não me disse o que íamos lá fazer. Quando lá cheguei, vi um cãozinho com dois meses, mas não era um cão qualquer, ele era especial: tinha nascido com três patinhas! Gostei tanto dele, que os meus pais acabaram por ficar com o cão, a quem demos o nome de Tripezito…”  (Excerto) Inês Ferro 


“ Nasci no hospital Garcia de Orta, no dia 20 de março de 2002...Logo que nasci, mostrei a língua aos meus pais. Foi a minha maneira de dizer: olá, pais! A vossa filha chegou e o vosso descanso, acabou! Eu era muito parecida com a minha prima Mariana, mas alguns familiares acharam-me parecida com a minha mãe, sobretudo nos olhos; outros acharam-me parecida com o meu pai, na boca! Mas para ser sincera, nenhum deles tem o meu encanto! Como prometera aos meus pais que o descanso se acabaria, eu dormia pouco e chorava muito!"   Excerto) Inês Capelinha


"Alfabeto das Coisas Boas"

"Alfabeto das Coisas Boas"


Bons Sonhos!

Bons Sonhos!

A imaginação não tem limites!

A imaginação não tem limites!

"O meu amigo, o sono"

"O meu amigo, o sono"

"Poema em P"

"Poema em P"

Criar e imaginar

Criar e imaginar

Momentos...

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" A Menina do Mar"

" A Menina do Mar"

"A viúva e o papagaio"

"A viúva e o papagaio"

Trabalhos dos meus alunos...

Trabalhos dos meus alunos...




Pequenos/grandes artistas

Pequenos/grandes artistas