"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"
31/07/09
O Mistério da Estrelinha Curiosa!
Anterozoide!
Escola de Pintura!
30/07/09
Ser "gente grande" por um dia!
Top 10!
29/07/09
ou então com o simples facto
das rosas que daqui se vêem
entrarem no poema.
O que é então o poema?
um tecido de orifícios por onde entra o corpo
sentado à mesa e o modo
como as rosas me espreitam da janela?
Lá fora um jardineiro trabalha,
uma criança corre, uma gota de orvalho
acaba de evaporar-se e a humidade do ar
não entra no poema.
Amanhã estará murcha aquela rosa:
poderá escolher o epitáfio, a mão que a sepulte
e depois entrar num canteiro do poema,
enquanto um botão abre em verso livre
lá fora onde pulsa o rumor do dia.
O que são as rosas dentro e fora
do poema? Onde estou eu no verso em que
a criança se atirou ao chão cansada de correr?
E são horas do almoço do jardineiro!
Como se fosse indiferente a gota de orvalho
ter ou não entrado no poema!
Não bata, eduque!
"O meu avô diz que é mais fácil criar os filhos com palavras erradas e palmadas, do que educá-los com palavras certas."
28/07/09
Amor é...versão nº2
E para quem gosta de grandes pintores, boas músicas e poemas à mistura...aqui fica outra versão de: "Amor é fogo..."
Amor é...
Dedico este Poema de Camões, musicado pelos Pólo Norte a todos os amigos, em especial à Isilda e ao Manuel Afonso de http://cogitarlamego.blogspot.com/
27/07/09
Uma amiga querida!
Assim começa uma guerra!
Nesta fábula dos Legas (do Zaire), um pássaro explica-nos como são absurdas as guerras dos homens.
Ai se os homens lhe dessem ouvidos…
Kansisi é um pássaro branco com as asas negras e faz o ninho nos bananais em redor das aldeias. Testemunha da vida quotidiana das pessoas, sabe muita coisa sobre o comportamento dos homens.
Por isso, um dia, o seu amigo Monkonia, pássaro que frequenta pouco estes sítios, veio colocar-lhe um problema que há muito o apoquentava:
— Porque é que os homens fazem a guerra?
Kansisi deu uma gargalhada. Mas o amigo voltou a insistir:
— Os homens dizem que são inteligentes e racionais; como é que não conseguem, então, estar de acordo? Não há ninguém que cometa tantas asneiras como eles.
— Por diversos motivos — respondeu Kansisi. — A avidez, a inveja, a vingança levam-‑nos a pegar em armas uns contra os outros. Guerreiam-se até por coisas banais, sem pensar nas consequências. Anda comigo, que eu mostro-te um exemplo concreto.
Voaram juntos até à aldeia vizinha. Monkonia poisou numa folha de bananeira, de onde podia observar tudo o que acontecia.
Era meio-dia, e o sol queimava. A aldeia estava deserta, parecia adormecida. Só uma criança pequena brincava no meio do pó, junto de alguns potes de barro ainda frescos, a secar ao sol antes de serem cozidos no forno.
Kansisi poisou num desses potes. A criança viu-o e correu para o espantar com um pau. O pássaro voou para mais longe e a criança acabou por bater no pote, que rolou no chão, com uma pequena mossa. Ao ouvir o barulho, a dona dos potes saiu cá para fora e deu duas valentes chapadas na criança. Ouvindo a criança a chorar, a mãe agarrou num ramo de árvore e deu com ele na mulher, que gritou por socorro. O marido dela saiu de casa com uma faca, e a mãe da criança fugiu chamando pelo marido. Ouvindo esta barulheira toda, mais homens e mulheres saíram de casa gritando e brandindo bastões, sachos e facas. Voavam insultos e ameaças de todos os lados. Dez minutos mais tarde, a aldeia estava em pé de guerra: o clã da dona dos potes contra o clã da outra mulher. Ninguém fazia ideia do motivo que causara esta situação e nem queria saber nem pensar nas consequências do conflito. A briga durou o tempo suficiente para provocar danos irreparáveis; houve mesmo mortos e feridos.
Entretanto, Kansisi, regressando para junto do amigo, contemplava com satisfação o desenvolvimento da peleja.
— Aí tens! — disse ao amigo. — É assim que nascem as guerras entre os homens. A conclusão podes tirá-la tu mesmo!
Ela está bem expressa em dois provérbios dos Lega:
O pássaro Kansisi provoca a guerra, mas fica em paz pousado na sua folha.
O estulto entra na rixa sem medir as causas nem os efeitos.
26/07/09
Avós: tesouros que devemos mimar!
Certo dia, um homem levava o seu velho pai às costas, subindo a serra, para o largar. Quando chegou ao alto, deitou o pai e, com pena, tapou-o com uma manta que levava, despedindo-se e afastando-se, a pé. De repente, o pai chamou-o. O filho voltou para junto dele. Então, rasgando a manta ao meio, o triste e resignado velhinho disse-lhe:
- Toma, filho, só preciso de metade.
- Mas... pai, assim vai ter frio! Fique com a manta inteira.
- Não, filho, leva esta metade; chega-me meia. Guarda a outra parte para quando os teus filhos te vierem cá abandonar.
O filho pegou na metade da capa e desceu a serra, angustiado. Sentou-se e pensou : " O meu pai tem razão: quando eu tiver a idade dele, os meus filhos também me abandonarão na serra e, acima de tudo, ele é meu pai." Arrependido, voltou a subir a serra, pôs o pai às costas e levou-o de novo para casa.
A partir desse dia, nunca mais nenhum filho abandonou o seu pai na serra e foi proibida aquela absurda tradição por todas as terras do mundo."
24/07/09
Para Pensar um pouco...
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre."
(Mário Quintana)
22/07/09
Aventuras e desventuras em Maiorca: 5º dia
Aventuras e desventuras em Maiorca: 1º dia
13/07/09
Amália Rodrigues!
O meu pai passou-me este gosto pelo fado...ultimamente, sinto vontade de ouvir...vozes assim!
Muda de Vida!
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar
Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim
Muda de vida se tu não viveres satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar
Ver-te sorrir eu nunca te vi
E a cantar, eu nunca te ouvi
Será de ti ou pensas que tens... que ser assim
Olha que a vida não, não é nem deve ser
Como um castigo que tu terás que viver
Muda de vida se tu não viveres satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida se há vida em ti a latejar
12/07/09
Preparativos da Viagem!
11/07/09
Katia Guerreiro
10/07/09
Ser Mãe: que ternura!
Paris!
09/07/09
Viagens passadas: Marrocos-3ªparte!
Viagens passadas: Marrocos- 2ªparte!
Por alturas do Natal, há uns anos atrás, fui a Marrakech, para grande desgosto da família, pois era a primeira vez que iam passar o Natal sem mim e sem a Sara!
Custou-me por isso, mas foi uma viagem inesquecível! Marrakech é uma mistura de cores e cheiros, um lugar mágico, que nos parece irreal e onde a vida parece ser mais intensa, o dia entra pela noite dentro e confundem-se, pois dá impressão que nunca se pára em Marrakech! Na praça central: Djemaa El-Fna, há de tudo! Mulheres que fazem hena, que lêem o futuro, imitadores de artistas de circo, encantadores de serpentes, barracas que vendem de tudo...uma mistura quase enigmática! À medida que a noite avança, tudo nesta praça ganha ritmos mais alucinantes!
Gostei imenso, pois parecia estar num outro mundo, mas desconfio que no Verão deve ser insuportável, devido ao calor e à mistura de cheiros!
Viagens passadas: Marrocos- 1ª parte!
Recordo as minhas viagens a Marrocos...quem me conhece mais intimamente sabe as aventuras e desventuras que aí passei, mas vou apenas contar sensações.Viajei por terras marroquinas três vezes, convivendo de perto com as tradições e costumes, pois da primeira vez fiquei numa casa familiar, durante um mês, numa terrinha perto de Agadir.Logo à chegada, fiquei tonta com a velocidade em que tudo acontece! Sair de um autocarro e voar para dentro de um táxi, partilhado por gente desconhecida e sair de noite em Anza...onde me esperava um tagine especial e chá, com que geralmente acompanham as refeições.Descalcei-me à entrada do salão, onde comi junto com a família árabe, todos sentados no chão, em volta de uma mesa redonda, onde comemos do mesmo prato, com as mãos e um pedaço de pão...Até o pão era tão diferente do nosso!Mais tarde, dormi no quarto do casal, que gentilmente me ofereceram, com a minha filha.Ainda bem, pois o resto da enorme família dormiu no chão: homens num salão,mulheres noutro, em cima de peles de ovelha e cobertores!O dia começa cedo! A filha mais velha começa a fazer pão!
Rotina diária! Após o pequeno-almoço, começam as limpezas. Tudo é esfregado diariamente! Eu, a convidada, não faço nada, nos primeiros dias! Até o cabelo da Sara penteiam e lembro-me de lavar a minha roupa interior às escondidas!Aos poucos, fui pedindo para me deixarem colaborar, pois sentia-me incomodada, por me fazerem tudo! Mas apenas fiz pequenos gestos insignificantes, como ajudar a pôr a mesa...Todas as manhãs era um delírio ver a rapidez com que dobravam as mantas e as guardavam, transformando os "dormitórios improvisados em salas de visitas"!Quase todos os dias, íamos à praia em Agadir, um lugar moderno e limpo, diferente da maior parte das coisas que vi em Marrocos. Ia com as mulheres da casa, pois os homens pouco ou nada fazem em conjunto!Andei de camelo com a minha Sara. Senti algo estranho, quando o camelo ficou de pé. A primeira vez, foi na praia em Agadir. A segunda num monte, pois parece que retiraram os camelos das praias...Aí a sensação de altura foi maior! Quase senti medo, por estar nas alturas, num monte altíssimo, avistando a cidade cá em baixo.Nunca bebi tanto chá, pois servem chá a toda a hora, com montes de bolinhos, feitos pela filha mais velha. Ainda hoje me pergunto como é que ela aguenta? Nem imaginam o ritual da preparação do chá! E ainda as refeições a preparar, lavar a roupa de tanta gente, limpar a casa...ainda lhe sobrava tempo para ser meiga com a Sara e enfeitar-lhe os cabelos compridos!Até a mim, ela e a irmã se deliciavam a vestir-me vestidos árabes, a pintar-me, a fazer-me penteados, a transformar-me! Um dia chamaram uma mulher que me fez desenhos nas mãos e nos pés, uma das tradições deles! O Henna...Nos meus anos, a 23 de Julho, apesar de não fazer parte dos costumes deles, prepararam-me uma festa inesquecível. Vestiram-me e enfeitaram-me...Nem parecia eu! Fizeram bolos, pão, frango, que era das poucas coisas que a Sara comia! O resto era muito estranho, para ela! Bebemos Fanta, em vez de chá! Fomos a Essaouira, o lugar mais encantador que conheci!Terminamos a jantar à beira-mar, um banquete de peixes de todas as qualidades: a melhor refeição em Marrocos! E recebi presentes típicos: colares, um vestido, pulseiras, anéis, quadros e pratos...cada um deu-me uma coisa de lá!
08/07/09
Auto-avaliação!
Descobri este video no blog de uma amiga: http://cantinho-da-stora.blogspot.com/ e achei interessante partilhar. A colega que elaborou o video merece!
Alterações!
Palma de Maiorca!
07/07/09
Poesia para crianças
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!
O leão
(inspirado em William Blake)
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
A casa
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.