Faz-me um Abril mapa inteiro
para colorir
a vermelho
labirintos
descoloridos
onde perdidos nos afogamos.
Faz-me um desenho Abril janela
a explicar
esta súbita
falta de ar
e um caminho
para escapar dela.
Tenho de ser eu?
Não podes ser tu a dizer por mim
não em vez de sim
letreiro apontando a porta
onde saio?
(Verdade?
Se não for eu
mais a minha mão
não há Abril inteiro
só meio Abril
não temos canção
nem sequer há Maio?)
Teresa Martinho Marques, in "tempo de teia"
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