Nem queria acreditar na sorte que tive em encontrar o Sr. Relógio, não um relógio qualquer, mas um relógio que pertence a uma pessoa tão maravilhosa para o Seixal...
- Boa tarde, senhor Relógio! Como tem passado?
- Ó minha amiga, estou um pouco cansado! Já viu como é trabalhar 24 horas por dia, 7 dias por semana, 4 semanas por mês, 12 meses por ano...E ainda não tenho direito a uma folga!
- Ainda mais com a sua idade...Já agora, quando foi fabricado?
-Pois, estou mesmo velhinho! Fui fabricado em 1900, dia 1 de janeiro, na baía do Seixal!
- Quem é que o fabricou?
- Deixe-me lá lembrar...Não foi este, nem aquele...foi o senhor Silva. Mas pertenci ao fundador de uma escola, foi o senhor Silva que me ofereceu ao Sr. António Augusto Louro.
-Alguma vez avariou?
- Não foi bem uma avaria...Um dia, quando o meu dono tinha uma reunião muito importante, se não fosse o gato Micas...ele atrasava-se. É que o senhor António esquecia-se sempre de me dar corda, pois não sou desses relógios modernos, que funcionam a pilhas! O Micas, grande amigo meu, era quem sempre me dava corda e lá me acertou as horas. Assim, o senhor António não chegou atrasado.
- Na sua opinião, os novos relógios são melhores que os antigos?
- Eu não acho que sejam piores ou melhores, depende de quem toma conta deles. Os tempos modernizaram-se e há que acompanhar essa evolução. Um relógio antigo tem sempre o seu charme...
- Obrigada, senhor Relógio. Foi um prazer conversar consigo.
Leonor, 5ºJ
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