Era uma vez um homem,
Que toda a sua vida tinha sonhado
Que iria ser inventor,
Mas nunca nada tinha inventado.
Pediu ajuda a um amigo,
Mas apenas o deixou mais desolado.
Disse que para inventar
Tinha de ser amado.
Muito entristecido,
Foi para o jardim descansar.
Mas o Sol brilhava de tal forma,
Que o fazia acordar.
Decidiu então,
As suas flores espreitar.
Tinham tal beleza,
Que o faziam falar.
“Esta flor tão branca,
Toda a gente ma quer.
Ela também não me deseja,
Por isso chamo-lhe malmequer.”
“Esta flor tão vermelha,
Toda a gente me diz que é cheirosa.
Os seus espinhos fazem-me sangrar,
Mas eu chamo-lhe rosa.”
“Esta flor tão azulada,
Encanta o meu recinto.
Como ninguém ma elogia,
Dou-lhe o nome de jacinto.”
“Esta flor tão amarelada,
Dizem que não tem juízo.
Talvez por estar tão alta,
E por tal chamo-lhe narciso.”
Pasmados com tais nomes,
Tão belos e graciosos.
Disseram os vizinhos,
Que estavam muito invejosos.
“Nunca vi tal beleza,
Nos nomes das suas flores.
Parece-me um inventor,
Que vai ter muitos amores.”
A princesa com ele se casou,
Pois sempre o admirou.
A rainha aceitou,
Pois o inventor a sua filha amou.
André Ferreira
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