"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

14/06/11

Lenda do Rio Ave!

Diz-se que certo dia, chegou à Serra da Agra uma moça vinda dos lados da Espanha. Desenvolta, jovem e bonita chegou à fronteira, que praticamente não existia, deixou-se ficar com o seu rebanho de cabras, na bela paisagem que a encantava. Diz a lenda que um cavaleiro muito elegante, numa manhã de Sol quando caçava com outros caçadores pelas redondezas ficou como que maravilhado diante da moça pastora. Cumprimentou-a ternamente:
-Bom Dia, linda Cabreira...Tens a luz do Sol no teu olhar.
Ela sorriu, envergonhada e respondeu com voz trémula:
-É dos vossos olhos, Senhor... Eu não valho o vosso cumprimento...
Então o cavalheiro fez sinal aos seus companheiros para se afastarem e desmontou devagar do cavalo, com um sorriso de promessas:
-Ouve, linda Cabreira... por ti, e só por ti, vou abandonar a caça e ficar neste local... para te adorar!
Assim começou mais um romance de Amor, que durou horas, dias, talvez semanas... Cavaleiro e Donzela trocaram as suas juras, como se só eles existissem no Mundo ali os dois sozinhos, recolhidos num recanto paradisíaco da Serra da Agra.
Mas tudo tem um fim, diz o Povo e é Verdade... Em certo momento o Cavaleiro lembrou-se que tinha de partir.
Obrigações importantes esperavam-no decerto:
-Escuta, minha bem amada...
Eu vou, mas voltarei o mais rapidamente possível. Já não posso viver sem ti.
Triste, suspirando, ela apenas confessou:
-Nem sequer sei quem sois... Como vos chamais...
Ele riu, dominador e feliz.
-Pouco importa... Sou o Homem que tu amas e te ama...
Mas se queres saber mais, digo-te que sou o Conde de uma vila próxima que virei buscar-te em breve para o meu palácio. Espera por mim!
-Esperarei até ao fim da minha vida.
E esperou, na verdade, até se secar quase morta de fome e de cansaço e de frio (e de desilusão, também!)
-Preciso de o encontrar, de o encontrar de novo... nem que para isso tenha de ser ave e voar...
E chorou. Chorou tanto, tanto, que o caudal das suas lágrimas se transformou depois num Rio e esse rio foi banhar a Terra daquele que a abandonou: "Vila do Conde".
E o bom Povo quis perpetuar para sempre, com toda a justiça, o amor desgostoso da moça pastora.
Por isso, deu à Serra onde ela vivera a sua grande paixão o nome de Serra da Cabreira e já que ela queria ser ave e voar passou a chamar ao Rio da Vila Conde Rio Ave...



Braima e Cleofas, 5ºA

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