Era uma vez uma menina de onze anos.
Um dia, quando acordou, viu que não estava a sonhar, tinha tido uma grande perda: a do seu pai! Ela vivia com a sua mãe e irmão, tentava muito ser feliz, mas não era nada fácil, porque havia uma grande falta em casa...
A sua mãe estava sempre presente na sua vida e era uma grande amiga que ela tinha ali, ao seu lado. A menina chamava-se Ana, o irmão era um rabino, que não lhe dava sossego, ela não tinha paciência para brincar com ele e, quando ela estava a fazer os trabalhos de casa, ele não contribuía para a sua concentração.
A Ana era maravilhosa, meiga, carinhosa e amiga dos seus amigos, tendo muitos desgostos na escola: as amigas, que ela pensava ter, desiludiam-na muitas vezes e a sua tristeza aumentava.
Neste ano letivo, a Ana teve algumas dificuldades na escola, pois a sua mente estava sempre no seu amor pelo pai. Sua mãe, muito atenta, tentava dar-lhe tudo o que ela queria, mas nunca nada a satisfazia por completo.
A sua mente era sempre a mesma, sempre a pensar no pai, acompanhada numa psicóloga, onde se sentia muito bem, pois lá conseguia dizer, o que não conseguia com a mãe.
Ana lutava para ser feliz, mas as saudades do seu pai eram tão grandes que, muitas vezes, falava nele para combater a sua angústia: falava sobre momentos vividos com ele, a comidinha que fazia, os passeios que davam em família e o colo que lhe dava com tanto amor, o pai tinha um amor muito grande pelos seus filhos e dava-lhes tudo o que estava ao seu alcance, mesmo muito doente, a sua preocupação eram os seus filhos e a mãe da Ana, sua querida esposa, pois ele vivia intensamente para a família.
Esta família era muito feliz e viviam todos os dias como se fosse o último, daí terem recordações inesquecíveis!
A Ana está no 6º ano e sente-se muito preocupada com os testes, de não poder satisfazer o que os pais tanto desejavam, a sua luta era constante e não desistia, pois o que ela queria é que a sua família fosse feliz novamente.
Passados alguns meses, olhou para trás e reconheceu o que tinha acontecido, tinha sido o melhor para o pai, ele não podia continuar a sofrer como sofria....
Os três estavam de mãos dadas e viviam intensamente uns pelos outros, faziam o que o pai tanto desejava e chegavam à conclusão que podiam ser felizes.
Tantas famílias completas s sem perdas não são tão felizes, como nós somos.
Ana diz que tem o seu Anjo Branco, sempre a olhar por ela e não sente medo pois está muito protegida por ele.
Esta família tinha uma frase:
"Nós amamo-nos muito, para sempre"...continuam a dizer a frase e a vivê-la com felicidade, assim como o pai da Ana queria.
A família Moreira vai continuar a ser feliz, mesmo havendo obstáculos, que vão surgindo. Vão lutar para serem felizes como foram outrora.
Vamos ser felizes, para sempre...
Ana Margarida, 6ºD