Encontro o Mestre e digo-lhe que há poetas
que recusam a metáfora
e o Mestre sorri.
A metáfora é apenas a metáfora, diz ele,
e não vale a pena ser a favor nem contra a metáfora,
nem a favor nem contra seja o que for.
que recusam a metáfora
e o Mestre sorri.
A metáfora é apenas a metáfora, diz ele,
e não vale a pena ser a favor nem contra a metáfora,
nem a favor nem contra seja o que for.
As coisas são e não são
à margem
dos poetas com assento
em casas de comércio,
diz o Mestre,
enquanto almoça.
à margem
dos poetas com assento
em casas de comércio,
diz o Mestre,
enquanto almoça.
A realidade vale exactamente o que vale o nosso olhar.
A realidade é um peixe,
o peixe nosso de cada poema.
E o poeta é uma criança que segue pelos caminhos
com bolas etéreas
a subir no ar.
A realidade é um peixe,
o peixe nosso de cada poema.
E o poeta é uma criança que segue pelos caminhos
com bolas etéreas
a subir no ar.
O poeta é um menino com olhos
de menino e uma dor
muito funda no seu peito de menino.
O poeta atravessa os pátios da infância
e vai feliz, dizendo
que as breves metáforas que lança ao ar
são apenas planetas de sabão a explodir
sucessivamente
sobre a cabeça do mundo.
de menino e uma dor
muito funda no seu peito de menino.
O poeta atravessa os pátios da infância
e vai feliz, dizendo
que as breves metáforas que lança ao ar
são apenas planetas de sabão a explodir
sucessivamente
sobre a cabeça do mundo.
(Colagem e poema José Fanha)
1 comentário:
Querida amiga Isabel
Desejo para ti
braços bem abertos
para receber com carinho
o ano que se aproxima.
Ele traz um presente:
- Uma vontade de que olhes
para alguém ou para alguma coisa,
com olhos de primeira vez.
Recebendo este presente,
as sementes de alegria que te habitam,
estarão recebendo seu melhor alimento,
e assim se transformarão em realidade,
perfumando sua vida e sua alma
com sua maravilhosa, única e infinita
essência de felicidade.
Um ano novo de olhares novos para ti.
Aluísio Cavalcante Jr.
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