"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

06/10/24

O Cata-Sonhos

 

Há muito tempo, havia uma pequena aldeia Cheyenne, onde vivia uma menina chamada Nuvem Fresca. Uma noite, à hora de ir dormir, a criança ficou inquieta e começou a choramingar.

 – Não tenho sono. Deixa-me ficar acordada contigo para observar as estrelas – implorou à mãe.

Então, a mulher, que se chamava Último Suspiro da Noite, perguntou-lhe porque é que ela não queria ir para a cama. Nuvem Fresca começou a chorar e respondeu:

 – Fecho os olhos e vejo um enorme e horrível corvo que tudo escurece. Ele quer bicar o meu rosto e simplesmente não desaparece!

Por isso, a sua mãe abraçou-a e tentou tranquilizá-la:

– Minha doce filha, não precisas de chorar: o corvo é apenas um pesadelo e para longe irá voar.

Mas, como Nuvem Fresca continuava preocupada, Último Suspiro da Noite foi buscar uma vara de madeira flexível e moldou-a em forma de círculo. Depois, pegou num fio e começou a tecer uma espécie de teia de aranha no centro do arco. Como toque final, acrescentou penas de pássaros e contas coloridas numa parte do arco. Depois, pendurou-o sobre a cama de Nuvem Fresca.

 – É tão bonito, mãe! O que é isso?

 – É um cata-sonhos: uma rede que caça sonhos num lago especial. As contas afastam os sonhos maus que te mantêm acordada, e as penas apanham os bons, para não te acontecer nada de mal.

Reconfortada com as palavras da mãe, Nuvem Fresca deitou-se com o seu lindo cata-sonhos pendurado sobre a sua cama e adormeceu.

Tal como Último Suspiro da Noite tinha prometido, a rede começou a apanhar todos os sonhos bons, prendendo-os nas contas, enquanto os maus deslizavam pelas penas, fazendo com que voassem para longe.

A partir daquela noite, Nuvem Fresca não voltou a ter pesadelos, apenas sonhos incríveis. Último Suspiro da Noite decidiu fazer muitos cata-sonhos com contas e penas, tal como o que tinha feito para a sua filha, para todas as outras crianças da aldeia. As crianças penduravam, felizes, os amuletos sobre as suas camas e guardavam-nos até ficarem mais velhas, para oferecerem aos filhos e aos netos. Ainda hoje, quando nascem bebés em Cheyenne, os adultos oferecem-lhes um cata-sonhos e penduram-no no berço, para que os bebés durmam tranquilamente e tenham apenas sonhos maravilhosos.

Stefania Leonardi Hartley, As mais belas histórias para adormecer (reconto), Porto Editora, 2023




Desavenças na Frase

O Sujeito ia a passar e apercebeu-se de uma algazarra enorme entre os constituintes da frase “Anulou as peneiras ao complemento!”. Apurou o ouvido e:

- Não concordo! Não concordo! Não concordo! Podemos estar todos no predicado, mas não somos equivalentes – dizia o Complemento Direto. – Eu sou mais importante, porque respondo a uma infindável variedade de coisas quando perguntam ao Verbo “O quê?”.
- Deixa-te disso! – Diz-lhe o Complemento Indireto. – Eu também dou resposta ao Verbo se lhe perguntarem “A quem?”, ou não?
Nisto, ouve-se uma vozinha fininha, mas determinada:
- Calem-se todos! Eu sou o dono desta frase. Aqui quem manda sou eu! Sem mim, nem predicado haveria. Além disso, nem sempre eu, o Verbo, preciso de complementos para existir. Aliás, nesta frase, nem do sujeito! – exclamou o Verbo.
Ao ouvir isto, o Sujeito, sentindo-se um pouco melindrado na sua dignidade, juntou-se à frase e disse:
- Ora viva! Aqui onde me encontro, olhando bem à minha direita, não vejo melhores ou piores funções sintáticas! O que eu vejo é diversidade.
O Verbo voltou à carga:
- Ai sim? Então quem é que aqui é insubstituível, quem é?
Silêncio na frase. E, de um canto ali perto, ouviram-se umas risadinhas, seguidas de um barulho de passinhos a correr e, de repente, surgiram três Pronomes amigos do Verbo, que pontapearam para longe o Sujeito, o Complemento Direto e o Complemento Indireto. A frase recompôs-se, dando razão ao Verbo. Consegues adivinhar como é que ela agora se escreve?
Paula Alexandra Almeida

"Abecedário sem Juízo"

 A é o André que observa a maré.

B é a Beatriz com o sonho de ser atriz.

C é a Carlota que conta uma anedota.

D é o Danilo a nadar no rio Nilo.

E é o Elias todo cheio de manias.

F é o Francisco que gosta de marisco.

G é o Guilherme que se besunta com creme.

H é a Helena mais leve que uma pena.

I é a Isabel desenhada no papel.

J é o José que está sempre de pé.

L é o Luís a beber no chafariz.

M é a Margarida que tem muita vida.

N é o Nuno sempre a jogar Uno.

O é a Odete a comer uma omelete.

P é a Paula que não sabe dar aula.

Q é o Quim que gosta de pudim.

R é a Raquel que gosta muito de mel.

S é a Salomé que tem a pulseira no pé.

T é a Teresa que ficou presa!

U é o Ulisses a dizer tolices!

V é o Vasco, mas que grande fiasco!

X é o Xavier que come tudo com a colher.

Z é a Zulmira que na aula dança o vira.




Texto coletivo, 5ºA

Escrita a partir das letras desenhadas do nome

 Era uma vez um rei e uma rainha, que eram muito felizes e se amavam muito, até se mudarem para Paris.

À volta do palácio, tinham jardins enormes e floridos, cheios de flores de todas as cores. Também havia muitas borboletas, que esvoaçavam por todo o lado.

No Natal, houve uma grande discussão entre o rei e a rainha. O rei passava o tempo todo a jogar playstation e a rainha estava muito aborrecida, porque também queria atenção e achava que o marido gostava mais do jogo do que dela!

Nessa noite de lua cheia, a rainha escreveu-lhe uma carta a dizer: "Querido Henrique, vou ter de me livrar desse jogo pateta. Vou pagar à NASA para o enviar para Marte. Não aguento mais competir com esse jogo! Assinado Rainha Alice." E assim foi. 

Ao ler aquilo, Henrique ficou desesperado, porque agora sabia que iria ter de passar sem o jogo, mas decidiu pedir desculpa à sua amada por não lhe ter dado a atenção merecida. 

Abraçaram-se e prometeram um ao outro que aquilo nunca mais iria acontecer.


Margarida, 5ºD

02/10/24

Escrita a partir de Acrósticos Desenhados







Era uma vez um camelo, que tinha um cabelo nojento, porque estava cheio de cimento!
Então, a girafa, que perdeu a garrafa, veio ajudar o camelo, com o cabelo nojento, cheio de cimento, mas, infelizmente, o cimento era muito forte e a girafa, que perdeu a garrafa, não tinha muita força para tirar o cimento, então, chamou a cegonha.
A cegonha de Barcelona tentou ajudar o cabelo, com o cabelo nojento cheio de cimento e nem ela conseguiu ajudar, porque o cimento era mesmo muito, muito forte, então chamou a cobra.
A cobra, teimosa, enrolou-se no cimento e puxou, mas nem ela conseguiu. O cimento era mesmo, mesmo muito forte! Então, foi chamar o cisne.
O cisne, brilhante e elegante, bateu com o bico no cimento, mas nem assim o cimento saía, então foi chamar o golfinho.
O golfinho tentou com a cauda, mas o cimento não saiu! Então, foi chamar o pato.
O pato, que cheirava a gato e a rato, tentou tirar o cimento, mas também não conseguiu… Foi então que teve uma grande ideia: tinham de tentar todos em conjunto. E conseguiram tirar o cimento!
 O camelo que já não tinha o cabelo nojento e com cimento, ficou muito orgulhoso e agradeceu-lhes muito.
Vitória, Vitória, acabou-se a grande história!




   No país da imaginação, todos os animais são amigos, até a serpente se dá bem com todos. Nesse país existe um gatinho chamado Tareco que passa a vida a brincar com o coelhinho Pompom, sobretudo às escondidas.
   O porquinho da índia juntou-se aos dois amigos inseparáveis e escondeu-se atrás de um arbusto, parecido com a letra A. 
   Há outro animal a espreitar. Conseguem adivinhar quem é?
   Uma coisa é certa, neste país não há tristeza, nem dias cinzentos, porque até nos dias de chuva, estes animais se mantêm unidos e nada os abala. Temos muito a aprender com eles, pois todos se ajudam e apoiam uns aos outros e, assim, ficam todos a ganhar.


 




"Alfabeto das Coisas Boas"

"Alfabeto das Coisas Boas"


Bons Sonhos!

Bons Sonhos!

A imaginação não tem limites!

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"O meu amigo, o sono"

"O meu amigo, o sono"

"Poema em P"

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Criar e imaginar

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Momentos...

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" A Menina do Mar"

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"A viúva e o papagaio"

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Trabalhos dos meus alunos...

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Pequenos/grandes artistas

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