"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

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16/06/09

Meninos de todas as Cores!

Também o Sérgio, o Fábio e o Lino, da turma D, me deixaram muito contente, por terem feito e apresentado o trabalho sobre autores portugueses.
Trouxeram para a aula o lindo texto de Luísa Ducla Soares:"Meninos de todas as cores". Uma escolha fantástica!

Maria Alberta Menéres, apresentada pela Nádia!

"Há algum tempo assisti a um colóquio em que o tema central era a poesia.
Era um colóquio para jovens e eu sentava-me junto de alguns, ouvindo alguém que se esforçava por demonstrar que não era possível dizer o que era a poesia.
Ao meu lado, baixinho, para não interromper, o Fernando indignou- -se:
- Ora esta! Mas eu sei o que é...
Eu- Então diz lá.
Fernando- A poesia é a beleza da vida.
Eu- Parece-me que tens razão.
Logo o João se meteu na conversa:
- Então as coisas feias não têm poesia?!
Eu- Parece-me que tens razão: as coisas feias também têm poesia.
Salta o André:
- Nesse caso a poesia pode ser o sentido das coisas...
E logo o irmão mais novo do André acrescentou:
- Então a poesia é uma maneira de olhar o mundo!
Eu, entusiasmada- Tens razão. É isso mesmo!
O Fernando, que tinha sido o primeiro a dar a sua opinião ali naquele canto onde nós «pré-coloquiávamos» baixinho, admirava-se:
- Mas afinal quem é que tem razão? O que eu disse não estava certo?
Eu- Pois estava.
E expliquei que estava. E tudo o mais também. Porque a poesia é a beleza e o sentido das coisas e de nós próprios. É a maneira de olhar o mundo. É uma forma de atenção a tudo. Ela pode estar em toda a parte: nós, às vezes, é que não estamos onde ela está, só porque passamos ou vivemos distraídos.
E outras vezes estamos e encontramo-la.
E outras vezes encontramos a poesia e não a sabemos escrever.
Encontrá-la já é maravilhoso. E escrevê-la? Que difícil caminho é o da escrita!"


Este foi o excerto que a Nádia da turma B escolheu, para apresentar e falar de Maria Alberta Menéres. Um lindo PowerPoint, que nos ofereceu...Parabéns Nádia.

15/06/09

As Pedras Falam!


Se uma lágrima indo
durasse desde o olho
aos pés e me lavasse
por dentro o abandono

sem se gastar nas puras
arestas afiadas
Se uma lágrima indo
me inundasse as espáduas

me corresse nas ancas
desenhasse o trajeto
ate aos pés e fosse
como um rio concreto

entre profundas pedras
sereno e perfurado
de pequenos destinos
pouco mais que silábicos

sem se gastar fugindo
aos dedos da paisagem
ocultando do sol
o brilho inimitável

Se uma lágrima indo
assim desde um princípio
para um fim que talvez
não seja um precipício

me lavasse de mim
Uma lágrima apenas
me daria outras horas
estas horas as mesmas.


As Pedras


As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.

Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.

Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.

Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.

Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.

As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
Maria Alberta Menéres (trabalho de Eliana, Bárbara e Bruna, 6ºB)

11/06/09

A Bruxa de Estimação!








A BRUXA DE ESTIMAÇÃO

Havia no Reino das Cem Janelas uma bruxa de estimação. Dizia-se que tinha assistido à formação do reino. Dizia-se até que em tempos namorara el-rei Tadão, tetra-tetra-tetravô, de el-rei Tadinho, e que fora para bruxa no dia em que este, ignorando a sua paixão, decidira casar com a princesa Ritelá, de um reino que nem sequer vinha no mapa, a qual podia não ter poderes mágicos, mas tinha uma conta no banco que dava gosto ver.
No entanto, isto eram apenas coisas que se diziam. Ao certo, ao certo, nunca ninguém soube quando se instalara a bruxa naquele reino, ou até se lá teria nascido. Ao certo, sabia-se que, ainda muito nova, ela tinha pensado em emigrar para longes terras onde, segundo afirmava, se ganhava o dobro e se trabalhava metade do que nas Cem Janelas. No entanto, alguns anos depois, voltava. Afinal o estrangeiro - dizia - não era para ela. Por muito bem que lhe pagassem, não havia por lá cabos de vassouras que se pudessem comparar aos da sua terra. E nunca mais pensou em aventuras.
Essa dedicação foi, de resto, bem recompensada no reino: a bruxa era chamada a dar a sua opinião em todas as alturas difíceis, recebia pelo Natal uma vassoura nova, e podia voar por todo o reino, a qualquer hora do dia e da noite, sem pagar imposto.
Foi evidentemente a esta bruxa (até porque o reino não tinha mais nenhuma...) que recorreu el-rei Tadinho para ver se ela lhe resolvia a complicada questão com o dragão.
Mas a bruxa estava em dia de muito má disposição. As salamandras tinham fugido durante a noite, a iguana que lhe guardava a casa tinha-se despedido no dia anterior, o mocho batera a asa de madrugada e, como se tudo isso não bastasse, o seu gato preto de estimação passara a noite a miar e para ali estava agora a um canto, doente e cheio de febre, incapaz de assustar fosse quem fosse.
Sempre tens uma graça! - disse a bruxa a el-rei Tadinho. mal este lhe acabou de explicar ao que vinha. - Fazes as asneiras, prometes coisas impossíveis, e depois cá estou eu para te livrar de apuros, não é?
EI-rei Tadinho ia responder que para isso mesmo é que el. lhe pagava, e não tão pouco como isso, mas achou melhor não dizer nada. Aborrecer uma bruxa em dia de neura pode dar mau resultado. Por essas e por outras é que já tinha havido colega seus adormecidos durante cem anos, ou transformados em sapos sem apelo nem agravo.



Alice Vieira
Graças e desgraças da Corte de El.Rei Tadinho
Esta foi a história que o João Pinheiro resolveu contar à turma. Tem sido um final de ano muito diversificado e rico em contos, poemas e outras histórias...também surgiram algumas dramatizações, ora inventadas pelos alunos, ora a partir de textos lidos nas aulas. Estou muito orgulhosa de todos.

"Alfabeto das Coisas Boas"

"Alfabeto das Coisas Boas"


Bons Sonhos!

Bons Sonhos!

A imaginação não tem limites!

A imaginação não tem limites!

"O meu amigo, o sono"

"O meu amigo, o sono"

"Poema em P"

"Poema em P"

Criar e imaginar

Criar e imaginar

Momentos...

Momentos...

" A Menina do Mar"

" A Menina do Mar"

"A viúva e o papagaio"

"A viúva e o papagaio"

Trabalhos dos meus alunos...

Trabalhos dos meus alunos...




Pequenos/grandes artistas

Pequenos/grandes artistas