Se uma lágrima indo
durasse desde o olho
aos pés e me lavasse
por dentro o abandono
sem se gastar nas puras
arestas afiadas
Se uma lágrima indo
me inundasse as espáduas
me corresse nas ancas
desenhasse o trajeto
ate aos pés e fosse
como um rio concreto
entre profundas pedras
sereno e perfurado
de pequenos destinos
pouco mais que silábicos
sem se gastar fugindo
aos dedos da paisagem
ocultando do sol
o brilho inimitável
Se uma lágrima indo
assim desde um princípio
para um fim que talvez
não seja um precipício
me lavasse de mim
Uma lágrima apenas
me daria outras horas
estas horas as mesmas.
durasse desde o olho
aos pés e me lavasse
por dentro o abandono
sem se gastar nas puras
arestas afiadas
Se uma lágrima indo
me inundasse as espáduas
me corresse nas ancas
desenhasse o trajeto
ate aos pés e fosse
como um rio concreto
entre profundas pedras
sereno e perfurado
de pequenos destinos
pouco mais que silábicos
sem se gastar fugindo
aos dedos da paisagem
ocultando do sol
o brilho inimitável
Se uma lágrima indo
assim desde um princípio
para um fim que talvez
não seja um precipício
me lavasse de mim
Uma lágrima apenas
me daria outras horas
estas horas as mesmas.
As Pedras
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
Maria Alberta Menéres (trabalho de Eliana, Bárbara e Bruna, 6ºB)
6 comentários:
Parabéns pelos poemas...
So das que acreditam nisso.
Amizades verdadeiras são como árvores de raízes profundas
nehuma tempestade consegue arrancar.
Feliz dia amanhã
Beijos
isabel Preto
Um perfume é sempre um aroma que dá prazer...
um beijo
VERDE
Verde
Cor linda…
Verde esperança…
Esperança de quê?
De qualquer coisa…
De alguma coisa…
De tanta coisa…
A esperança…
É um bálsamo…
Que invade o coração…
E na vida…
Tantas vezes derrotada…
Tantas vezes mal vivida…
A esperança sobrepõe-se…
E o que era triste…
Fica mais nítido…
Para nós podermos…
Ter novamente esperança …
Lili Laranjo
Olá Isabel
Seu blog foi indicado para o Premio Internazionale UTOPIE CALABRESI!
Veja em: http://utopiecalabresi.blogspot.com/
Muitos parabéns!!!
Vi as perdras a penso que são as pedras parideiras que existem aqui na minha zona de Aveiro mais propriamente em Arouca.
Estive lá o ano passado e é uma beleza da natureza...ver as pedras a nascerem... trouxe algumas para casa...
um beijo
Obrigada pelo selo É muito bonito...
beijos
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