Algures,
no Oceano Atlântico, vive uma baleia invulgar, a baleia sem dentes.
O
Oceano outrora azul, de águas claras e límpidas, começava a preocupar a nossa
baleia peculiar, pois há muito tempo que observava o comportamento dos humanos
e era notável a sua falta de consciência para com o Planeta Terra. Estariam
esquecidos de que a Terra era “a sua casa” e deviam cuidar dela?
A
nossa baleia sem dentes era muito inteligente, quase uma baleia filosófica que
se questionava sobre todas as coisas que a rodeavam, e fazia-se munir de uma
curiosidade e imaginação invulgares. Chamava-se Dori.
Dori,
ao nadar nas águas poluídas, encontrou um salmão-dente-de-sabre, talvez o único
exemplar que ainda sobrevivia nos oceanos…
-
O que estás aqui a fazer? – perguntou a baleia.
-
A minha colónia foi atacada por caçadores e a única maneira foi fugir –
exclamou tristemente Dimas, como era conhecido o salmão-dente-de-sabre. - Tu,
que me pareces amigável, por favor ajuda-me a voltar para as águas doces, pois
é só lá que tenho o alimento adequado.
-
Já agora, eu sou Dori. Ajudar-te-ei a voltar às águas doces. Será uma missão
difícil, mas como diz o ditado “a esperança é a última a morrer”.
E
a aventura de Dori e Dimas começou.
Realmente,
a aventura que os esperava iria ser muito acidentada…Começaram a nadar e logo
se depararam com um labirinto de algas. Ficaram muito confusos, pois não sabiam
qual o caminho a seguir nem como sair dali. Qual não foi o espanto de ambos,
quando repararam numa pequena tartaruga que estava quase a sufocar por causa da
tampa de uma garrafa! Apressaram-se a socorrê-la e salvaram-na.
-
Estes humanos são uns irresponsáveis! Não sabem cuidar dos oceanos- criticou
Dimas.
5ºE
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