"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"
13/12/20
Era uma vez uma rena...
Boneco de Neve
Uma lenda de Natal
Morava num casebre um certo sapateiro; era no cruzamento de dois caminhos, não longe de uma aldeia pobre e triste. Nesse tempo, as pessoas ainda usavam velas e candeeiros a petróleo para se alumiarem, e lenha para se aquecerem e cozinharem.
Apesar de pobre, o sapateiro era homem bom e amigo de auxiliar quem precisasse. Por isso gostava de ajudar os viajantes que por ali passavam quando já era escuro, deixando todas as noites, na janela da sua casita, uma vela acesa, de modo a guiá-los. E, mesmo doente e às vezes com fome, o pobre homem nunca deixou de acender a vela, ajudando assim as pessoas a não se perderem.
Até que o rei e os homens mais poderosos do país entraram em guerra com os do país vizinho. E, com isto, todos os jovens da aldeia tiveram de partir, para combater no exército do seu rei, deixando a aldeia ainda mais triste e desgraçada.
Passaram meses, senão anos, e os habitantes do país, como acontece sempre que há guerras, viviam com privações e dificuldades cada vez maiores. Mães e pais, mulheres e noivas sofriam com a ausência dos seus filhos, maridos ou noivos. E não foram poucas as famílias que perderam os seus jovens na guerra.
Vendo a persistência do pobre sapateiro, que mesmo naqueles tempos duros e difíceis continuava a viver a sua vida com esperança e um coração bondoso, os habitantes da aldeia resolveram imitá-lo e, certa noite, precisamente na véspera de Natal, todos acenderam uma vela nas janelas das suas casas, iluminando assim toda a povoação. Como que por encanto, pela meia-noite os sinos da igreja começaram a soar ininterruptamente, anunciando a boa nova: a guerra terminara e os jovens regressavam enfim a casa!
Mulheres e homens puseram-se a gritar: “É milagre! O milagre das velas!”.
E é por isso, reza a lenda, que a partir desse dia, acender uma vela na véspera de Natal se tornou tradição em muitos povos da Terra. "
Texto inédito do escritor João Pedro Mésseder
Desafio: seis palavras na bagagem
Vou num cruzeiro até aos Açores e na minha mala vou levar seis palavras: Alegria, Bondade, Medo, Esperança, Amizade e Magia. Alegria, porque todos precisamos de alegria nas nossas vidas, Bondade porque precisamos de ser bons uns para os outros, Medo, porque toda a gente sente medo, Esperança, para os momentos difíceis, Amizade, porque os amigos são o nosso maior tesouro e Magia, porque dá cor aos nossos sonhos.
Entretanto, já em viagem, passeando pelo convés, vi um amigo que estava muito triste. Quando lhe perguntei o motivo de tanta tristeza, disse que perdera o seu cão, então, dei-lhe a palavra Alegria, para o fazer feliz e animar. Em troca, deu-me a palavra Obrigado, para agradecer.
De repente, houve um ataque pirata e fui obrigado a entregar-lhes uma palavra. Dei-lhes a palavra Bondade, para serem bons.
Após o ataque pirata, deu-se uma enorme tempestade e eu perdi a palavra Medo, para ter coragem de enfrentar a tempestade.
Fiz uma jangada e para aliviar o peso, larguei a palavra esperança para o mar ter esperança nos humanos, para que estes deixem de o poluir.
Nos Açores, diverti-me a valer, mas passado um tempo, comecei a sentir saudades de casa. Avistei um barco e acendi uma fogueira com a palavra Amizade e fui salvo pelo comandante.
Cheguei a casa muito feliz e partilhei a palavra Magia com a família, pois junto deles, há sempre Magia e sonho.
Daniel, 5ºB
Desafio: Seis palavras na bagagem...
Fui de viagem num cruzeiro e levei seis palavras na bagagem: Aventura, porque não sabemos o que vai acontecer na viagem; Amizade, porque todos precisamos de amigos; Coragem, porque perante as dificuldades temos de ter coragem; Solidariedade, porque as pessoas têm de se ajudar nos momentos difíceis; Lanterna porque a posso usar em caso de S.O.S; Felicidade, porque todos queremos ser felizes.
Durante a viagem conheci um passageiro chamado Tomás e apercebi-me que ele levava consigo uma palavra que eu gostaria de ter comigo: "Mistério". Decidi propor-lhe uma troca de palavras e ele aceitou. Em troca da palavra "Mistério", ofereci-lhe a palavra "Aventura". Escolhi ficar com essa palavra, porque se relaciona com viagens e nos desperta curiosidades...
Algum tempo depois, o navio foi abordado por piratas pilhadores de palavras! Uma vez que cada tripulante tinha de ficar sem uma das suas palavras, optei por ficar sem a palavra "Mistério", porque quando comparada com as palavras restantes, tem menos significado para mim.
De seguida, uma enorme tempestade afundou o navio. Nesse momento, perdi a palavra "Coragem", porque fiquei muito assustada.
Todos sobrevivemos ao naufrágio e construímos jangadas para conseguir chegar a terra firme. Para a jangada não afundar, deitei ao mar a palavra "Solidariedade", porque as pessoas têm de se ajudar nos momentos difíceis.
Conseguimos chegar a uma ilha deserta e avistámos ao longe um barco. Que fazer? Uma fogueira? Decidi usar a palavra "Lanterna", para que nos vissem e pudessem salvar.
O barco conseguiu trazer-nos a casa, mas o comandante exigiu pela viagem o pagamento de uma palavra. Das duas palavras que me restavam, libertei-me da palavra "Amizade", porque, apesar de todos precisarmos de amigos, a felicidade encontra-se junto dos que mais gostamos: a família.
Beatriz Gonçalves, 5ºB
Escrita a partir de palavras-chave: Narrativa em verso
Há muito tempo uma princesa prisioneira
Ficou triste sem a sua frigideira!
O rei com muita dor
Anuncia prémio para o salvador...
Três jovens a tentar
Mas a sorte caiu ao mar!
Primeiro jovem na floresta
Mas não tinha o mapa na testa!
Segundo jovem transtornado
O que ele não pensava
ficar transformado em rato
Para sempre amaldiçoado!
Terceiro jovem era mais esperto
Com uma escada entrou pela janela
Foi o que chegou mais perto
A recompensa tomou como certa!
Com um gigante adormecido
Esse mesmo foi esquecido
A princesa e o jovem fugiram
E o tesouro abriram.
O rei cheio de alegria
O casamento anuncia...
As festas começaram
Tudo ganhou magia!
Rafael, 5ºE
Era uma vez uma linda princesa...
Com o sonho de reinar
Mas tal não vai acontecer
Pois um gigante teve a ideia de a aprisionar!
Presa num castelo
Dava-lhe jeito um martelo!
O Gigante não a ia soltar
Por isso, tinha de aguentar!
Rei anuncia prémio ao salvador
Quem lhe trouxesse a filha
Ganharia o AMOR!
Três jovens tentaram
A princesa queriam salvar
É possível acreditar?
O primeiro jovem tentou,
Mas a sua sorte escapou!
Em vez de ir parar ao castelo
Perdeu o norte e falhou.
O segundo jovem mais sortudo
Ao castelo conseguiu chegar
Mas o Gigante traiçoeiro
Em rato o foi transformar!
À terceira foi de vez,
Um jovem ao castelo chegou...
A princesa conseguiu salvar
E o rei afortunado adorou!
O Gigante adormecera,
Logo se arrependera...
Pois a princesa escapou
E o jovem arrasou!
E fez-se o sucedimento
Do grande casamento,
Terminando tudo a preceito
Como manda a tradição!
Gonçalo Martins, 5ºE
08/12/20
As Mendigas de Alvalade Medieval
Foi-nos pedido um texto em que descrevêssemos algo que nos provocasse medo.
Na terra natal da minha mãe, uma pequena vila alentejana, Alvalade, realizam anualmente uma feira medieval. Na feira existem figurantes trajados e caracterizados à época medieval.
Desde há vários anos que existem duas raparigas que se caracterizam de mendigas: roupas rasgadas, muito sujas, cabelos despenteados, descalças, desdentadas e com muitas feridas pelo corpo.
Quando era mais pequeno tinha imenso medo de as ver, escondia-me e chorava. A minha mãe tentava explicar-me que era falso, que o aspeto real delas não era assim, mas eu não entendia e tinha medo.
Só deixei de ter medo das duas mendigas, quando uma vez as vi no café de manhã, antes da hora da feira, em que estavam sem caracterização. A minha mãe falou com elas por causa do meu medo e elas explicaram que faziam as feridas com gelatina e tinta vermelha.
Quando as voltei a ver na feira caracterizadas, deixaram-me tocar nas feridas e ver mais de perto e, assim, deixei de ter medo do aspeto delas.
Guilherme, 5ºC
05/12/20
ILHA DESERTA DE PALAVRAS
Imagina que és passageiro de um cruzeiro. Contigo, na bagagem, levas apenas 6 palavras importantes para ti... Durante a “viagem” irás passar por várias etapas e, através da escrita, refletir sobre elas e outras que encontra pelo caminho...
1. Início da viagem - escrever sobre a razão de escolha das 6 palavras; o que cada uma tem de especial; qual a sua utilidade na viagem, como e se se articulam;
2.Contacto entre passageiros – conhecem outro passageiro e apercebem-se que ele leva consigo uma palavra que gostam muito e que queriam ter convosco. Que palavra seria essa? Por que palavra vossa a trocariam? Porquê? Qual a relação desta nova palavra com as remanescentes?
3. Ataque pirata – o navio é abordado por piratas pilhadores de palavras. Cada tripulante tem que entregar uma das suas palavras aos piratas. Que palavra entregarás? Porquê?
4. Tempestade – de seguida, uma enorme tempestade afunda o navio. Cada tripulante perde uma palavra. Qual? Porquê?
5. Jangada – todos sobrevivem e fazem jangadas para conseguir chegar a terra firme. Para a jangada não afundar têm de deitar ao mar mais uma palavra. Qual? Porquê?
6. Ilha deserta – chegados à ilha deserta, avistam ao longe um barco. Necessitam fazer uma fogueira para serem avistados. Terão de utilizar uma palavra como lenha. Qual será? Porquê?
7. O regresso – o barco consegue trazer-vos de volta a casa mas o comandante exige pela viagem o pagamento de uma palavra. Das duas palavras que sobram, de qual palavra o viajante se liberta? Porquê? Por outro lado, com que palavra fica para regressar a casa e partilhar com quem mais gosta? Porquê?
8. (facultativo) Depois de feita a reflexão, pode-se sintetizar as palavras e o seu significado criando um poema.
Ideia de David Cortegaça