O Diário muito secreto da
Teodora
Era uma vez uma menina que se chamava Teodora,
tinha 11 anos, sonhava muito e era inteligente.
Num domingo à tarde chovia e a Teodora decidiu
subir ao sótão dos avós para ir brincar com as roupas antigas que a sua avó
mantinha guardadas numa caixa.
Enquanto sonhava ser uma princesa, com o seu
lindo vestido, presa na torre do castelo, pela janela entrou a luz de um
relâmpago que fez brilhar a lombada de um grosso livro que estava arrumado na
última prateleira da estante, junto ao teto.
Por um instante, as letras que o identificavam
pareceram saltar da lombada e rodopiar, saltar, até terminarem reduzidas a
partículas luminosas.
A Teodora foi à estante ver o que tinha
brilhado com a luz do relâmpago. Era um diário antigo.
Sonhadora como era, abriu-o. Começou a lê-lo e
foi sugada para dentro do livro.
Acordou no mundo dos anões, com as suas
pequeninas casas cheias de cores como um arco-íris, muitos campos de pequenas
flores e árvores. Um mundo cheio de cor como ela nunca tinha visto, nem sonhava
que pudesse existir.
Enquanto passeava pelos campos deslumbrada,
conheceu a anã Pimpona.
O diário que tinha encontrado no sótão
pertencia a um anão feiticeiro que vivia nos dois mundos.
Teodora continuou a passear com a Pimpona e
perguntou-lhe várias curiosidades sobre este seu mundo e também como voltaria
para a sua casa?
Pimpona explicou-lhe:
- Para voltares ao teu
mundo tens de ir àquela torre que vês no centro da vila, subir ao relógio e
rodar os ponteiros. Terás de acrescentar uma volta no sentido dos
ponteiros do relógio, para voltares para casa – disse a Pimpona.
- Não, não, o livro diz contrário aos ponteiros
do relógio – refutou Teodora.
Então despediram-se e Teodora caminhou até à
torre, subiu até ao relógio e rodou os ponteiros, quando uma luz muito forte a
cegou por momentos e caiu.
Teodora acordou no sótão, com o diário no colo.
Na página aberta dizia: “Se não conseguir ver, feche os olhos. No espelho da
imaginação tudo acontece como nós queremos…”
A partir desse dia, Teodora passou a ir sempre ao sótão viver mágicas aventuras no mundo dos anões.
- Fim –
Guilherme 5º C