Vou contar-vos uma história
Uma história de pasmar
Sobre um coelho que encanta
E uma bruxa que espanta!
Era uma vez um coelho que não tinha medo de nada. Nunca se assustava!
Um dia um bruxa muito desastrada e ainda mais maléfica, aprisionou o pobre coelho, apenas por se tratar de um coelho sem medo!
Preso numa caverna, pensava que não havia saída, o coelho começou a sentir algo diferente e pouco habitual nele: o desespero...mas eis que surge a bruxa:
-Ai, ai coelho palerma! Não sabes que há uma saída?
-Não!- respondeu o coelho com firmeza.
-E então, diz-me lá, tens medo de alguma coisa?
-Não! Eu sou o mais destemido de toda a floresta!
-Então, para ganhares medo e saíres da minha prisão...
-Alto!- interrompeu o coelho-Eu não quero ter medo!
-Mas o problema, meu querido, é que para te libertares, tens de sentir medo-exclamou a bruxa malvada, argumentando com prazer...E a única maneira de ganhares medo é se encontrares a chave mágica, que abre o poço misterioso, que contém o medo!- disse rindo.
-E onde é que eu encontro essa tal chave?
-Tens de procurar a chave na floresta do terror, lá a minha irmã, a bruxa Claudina irá ajudar-te.
Com um passe de mágica, a bruxa enviou o coelho para a floresta do terror, não sem antes lembrar:
- Se me desobedeceres, irei matar-te! Irei comer-te acompanhado com batatas fritas!
Na floresta, nada espantava ou assustava o coelho: nem os sustos que as árvores lhe pregavam!
Começou à procura da bruxa Claudina, mas o problema é que não vislumbrava nem sombra de vida humana!
Para o coelho passara uma eternidade, mas na verdade haviam passado apenas quinze minutos!
Começava a perder a esperança, até que viu ao longe uma pequena torre com três caveiras na porta e muitas, muitas mais coisas assustadoras! Porém, o nosso herói não se assustou!
Aproximou-se da torre da velha Claudina e ao bater à porta, logo uma voz horrível indagou:
-Quem ousa bater na minha porta?
-Sou o coelho Alfredo, também conhecido por coelho destemido. Venho da parte da sua irmã e procuro a chave mágica que abre o poço do medo...
-Ah! Estava à tua espera há um século! Finalmente!
Logo que proferiu estas palavras, ouviu-se um click e o coelho caiu no que parecia ser um buraco negro, que nunca mais acabava!
Aterrou numa almofada vermelha e reparou que a torre por dentro era mais calma e muito menos assustadora, do que por fora. Mal viu a bruxa, perguntou:
-É mesmo verdade que me esperavas há tanto tempo? que idade tens tu afinal?
-Isso não vem ao caso, tu não irias acreditar que eu tenho dois mil anos...Nós bruxas somos imortais!
-E sabes onde está a tal chave? E porquê eu?
-A minha irmã foi acusada de vários crimes, perdendo a imortalidade...Vai morrer, daqui a dois dias, a menos que tu a salves! Para isso, é absolutamente necessário que sintas medo! Vou acompanhar-te até à chave mágica!
-Olha lá...ela é inocente ou culpada? Eu cá não ajudo monstros!
-Claro que está inocente, foi uma outra bruxa que cometeu todos esses crimes!
Fez um pequeno movimento com as mãos e, de repente, os dois foram parar a uma floresta de espinhos...Um pouco mais à frente, ali estava a chave. Ora além da chave, havia um gigante, que dizia:
-Para por mim passar
Vais ter de me fazer chorar
Mas só três tentativas vais ter
Ou muito vais sofrer!
- Já sei, gigante! É só para isso, que serves? Pareces um miserável! Que versos parvos! Vai mas é para casa!
-Pensas que me incomodas? Vais ter de fazer melhor!
-Pois então fica a saber que os teus pais têm vergonha de ti! Não serves para nada! Passas os dias aí especado, sem serventia nenhuma! Não prestas!
O gigante sentiu dor e entregou a chave ao coelho...
-Todos sentem vergonha de mim... Anda duzentos metros e encontrarás o poço!
O coelho agradeceu e segui a sua viagem...mal introduziu a chave na fechadura...ouviu-se uma explosão de poderes obscuros, que entraram no corpo do coelho Alfredo! Nesse instante, o coelho tornou-se medroso.
A bruxa percebeu que a sua missão estava terminada, fez o coelho regressar para junto da sua irmã.
Esta abraçou o coelho e disse:
-Obrigada por me salvares. Eu não sou má, apenas desastrada!
-De nada...acho eu...gaguejou o coelho com medo do comité de bruxas, que ali estava!
O Presidente ou rei, como quiserem chamar-lhe, afirmou:
-Bem coelho, obrigada por devolveres a imortalidade á nossa bruxa Amélia...Não vejo razão para continuares medroso. A partir de agora, serás ainda mais corajoso que antes!
Assim regressou o coelho, como por magia, a sua casa...Aprendeu que as bruxas não são malvadas...a maldade do coração é apenas uma ilusão...Ou talvez não!
Texto de: Inês, Jéssica, Bruna e Brenda...Ilustrado pelo Paulo 6ºC
3 comentários:
ver e olhar para o mundo
ver e olhar para os textos ouvir
gostos nao se discutem
todos tem uma forma de sentir
uma pessoa muito amiga e trabalhadora
Essa amiga, é a Bela da turma D, certo?
SE não é, só pode ser a Mariana, que também gosta de rimas:)
Bela 6D
sim professora sou eu
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