"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos"

26/05/09

Ainda a partir de Nasredin...


Hoje o Fábio reclamou porque eu disse que não ia escrever o texto dele e do Lino no Blogue, visto andar exausta e às voltas com as provas de Aferição...não consigo resistir aqueles olhos doces, como que a pedir:
-Vá lá, "stôra", ponha lá o nosso texto...
Por isso, cá vai:
A humildade compensa
" No tempo de antigamente, numa terra das arábias, vivia um menino pobre, que não tinha amigos! As pessoas não ligavam importância às pessoas humildes e sem recursos.
Esse menino era moreno, usava uma túnica vermelha e uns chinelos azuis, muito engraçados.
Vivia apenas com o pai, pois infelizmente sua mãe já morrera!
O seu sonho era ter amigos, pois a solidão atormentava-o!
Vendiam no mercado, tudo o que podiam: galinhas, melancias, lã...a fim de ganharem a vida.
Ora um dia, enquanto escolhia algumas galinhas para ir vender, reparou num ovo que brilhava como um farol!
Segurou no ovo, meio encantado, desejando que seu pai pudesse ter um pouco mais de dinheiro, para não serem tão pobres, nem gozados por ninguém.
Logo apareceu do nada, um milhão de ducados, fazendo-os ricos!
Além de rico, seu pai tornou-se famoso, devido à história do ovo reluzente...
Até o burro, que habitualmente transportava as mercadorias, agora era um formoso cavalo, com muita força!
Nasredin (assim se chamava o nosso miúdo) viu-se rodeado de amigos, que outrora nem reparavam nele, mas como o coração de Nasredin era puro, perdoou a todos os que o haviam humilhado e, na manhã seguinte, quando descobriu mais ducados a um canto da capoeira, resolveu partilhar a sua fortuna com os outros.
Mas costuma dizer-se que "Deus escreve certo, por linhas tortas"...então, aqueles que continuaram interesseiros e avarentos, viam os ducados desaparecer, por artes mágicas das mãos, onde apenas aparecia um bilhete:
Tu não precisas de dinheiro! Precisas de mudar teu coração!
Nasredin viveu feliz com o pai e todos aqueles que aprenderam a ser felizes com os outros, sem interesses escondidos.

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