No poema uma criança é da cor do verão
A cor do verão quando o vento sopra nos abetos,
e a sombra do mar entre a brancura das casas.
Uma criança sozinha com os seus olhos secretos
canta e ergue os braços como se fossem asas.
Sempre a caminho de um íntimo segredo,
irmã das fontes, a criança com o sorriso de água,
de lira ao peito, a sua voz de nada tem medo,
e no pequeno coração de âmbar nunca guarda mágoa.
O odor das flores, essa criança sabe-o só de o imaginar,
quando o pólen lhe atravessa a pele como se um rio fosse.
É seu o nome da primavera e todo o seu destino é cantar!
Não sabe outro caminho, nada seria se não cantasse.
E o poema depois de escrito, os seus olhos confirma
o seu rosto de rosácea, a sua pele de rio se canta.
E, se canta, a criança é toda erguida a voz que ama
tudo aquilo que ela com todo o seu dom encanta.
José Pereira
3 comentários:
Cara Isabel, só faço te agradecer, mas na vida existem infelizmente esses venenos, e escrevi por que já me intoxiquei, perdi meus pais aos 17 anos de idade e sempre touxe comigo o que de bom me ensinaram, sou imperfeita, tenhos grandes defeitos, mas escrever descobri que pode ser minha maior virtude e assim vou fazê-lo até o fim de meus dias. Te considero já uma amiga mas te respeito muito pelo seu trabalho e intelecto. Beijinhos e muito me honra tua presença em meu blog.
desculpe touxe (trouxe).
Muito bonito o poema... delícia!
Bjs
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